Os preços das casas subiram 9,2% na União Europeia e 8,8% na zona euro no terceiro trimestre de 2021 face ao período homólogo de 2020, enquanto as rendas aumentaram 1,2% neste período no espaço comunitário, segundo o Eurostat.

Dados divulgados esta sexta-feira pelo serviço estatístico da UE, o Eurostat, revelam que os preços das casas subiram 8,8% na zona euro e 9,2% na UE em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.

“Este é o maior aumento anual para a área do euro desde 2005, quando os preços da habitação começaram a ser recolhidos, e desde o segundo trimestre de 2007 para a UE”, destaca o organismo.

Na variação em cadeia, ou seja, em comparação com o segundo trimestre do ano passado, os preços das casas aumentaram 3,3% na zona euro e 3,1% na UE, no terceiro trimestre de 2021.

Portugal registou uma subida homóloga de 9,9% nos preços das casas no terceiro trimestre de 2021 e um acréscimo de 3,6% em comparação ao anterior trimestre do ano passado.

Ainda relativamente aos Estados-membros, todos os que têm dados disponíveis revelaram um aumento anual dos preços das casas no terceiro trimestre de 2021 e, para metade deles, este aumento ultrapassou os 10%.

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Os maiores aumentos nos países verificaram-se na República Checa (+22%), Lituânia (+18,9%), Estónia (+17,3%) e Holanda (+16,8 %), enquanto as subidas mais contidas se registaram em Chipre (+2,2%) e Itália e Espanha (+4,2% cada).

Também esta sexta-feira, o Eurostat divulga que os preços das rendas subiram 1,2% na UE no terceiro trimestre de 2021 em comparação com o mesmo período do ano anterior, um “aumento constante” nos últimos meses.

Fazendo uma comparação entre os novos dados, relativos ao terceiro trimestre de 2021, e o ano de 2010, o Eurostat aponta que “os preços e rendas da habitação na UE têm tido variações semelhantes, mas desde o segundo trimestre de 2011, esses caminhos têm divergido significativamente“.

“Embora as rendas tenham aumentado de forma constante ao longo do período até ao terceiro trimestre de 2021, os preços das casas flutuaram consideravelmente”, assinala.

Em concreto, e “após um declínio acentuado entre o segundo trimestre de 2011 e o primeiro trimestre de 2013, os preços das casas permaneceram mais ou menos estáveis entre 2013 e 2014”, sendo que, “depois, houve um rápido aumento no início de 2015, desde quando os preços da casa aumentaram a um ritmo muito mais rápido do que os das rendas”.

Nesta década, de 2010 até ao terceiro trimestre de 2021, as rendas aumentaram 16% e os preços das casas 39%, adianta o Eurostat.