A competição e os modelos desportivos, além de fazerem “crescer água na boca” dos amantes dos modelos agressivos e com raça, têm ainda o condão de melhorar a imagem dos construtores que os fabricam. A Toyota tem vindo a explorar de forma muito eficiente esta estratégia, cruzando as vitórias nas 24 Horas de Le Mans, no Mundial de Ralis e no Dakar, com a produção de desportivos estimulantes, mas não muito onerosos em termos de preço. E isto tem cativado um número crescente de clientes, o que explica o incremento sustentado de vendas do construtor japonês no mercado europeu.

Hoje, a Toyota propõe um pequeno mas exuberante GR Yaris, que parece uma versão homologada para circular na via pública do carro que vence no Campeonato do Mundo de Ralis, a que se juntam os GR 86 e o GR Supra. Estamos perante um naipe muito respeitável de desportivos, com potências que oscilam entre os 235 cv do GR 86 e os 340 cv do GR Supra.

Mas para fazer verdadeiramente sonhar os seus seguidores – é sempre bom recordar que não só a Toyota é a marca que mais vende no mundo, e confortavelmente, como o grupo Toyota Motor Company lidera igualmente as vendas globais –, ao construtor nipónico falta um superdesportivo, algo que faça revirar os olhos, com um nível de potência superior. O modelo de que falamos foi já apresentado no recente Salão Automóvel de Tóquio, como GR GT3 Concept, um protótipo de competição que antecipa as formas do carro definitivo. A estratégia da Toyota parece passar pela entrada na competição quase a par do lançamento do carro de série – pois, de outra forma, o modelo não estará homologado para correr –, com os japoneses a antecipar a participação na categoria GT3, onde pontuam os Ferrari, Lamborghini, Audi R8 e Nissan GT-R, entre outros.

A Toyota não se comprometeu no salão com a data prevista para o lançamento da versão de série, mas o responsável pelo departamento de competição da marca, a Gazoo Racing, admitiu que o GR GT3 deverá estrear-se em pista ainda antes do final de 2022.