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Ao lado do amuleto Moedas, Rio exorciza papões da direita. “Estou farto de dizer: o PSD é de centro”

Este artigo tem mais de 2 anos

Pressionado por Costa, que continua a tentar associar o PSD às agendas da IL e do Chega, Rio rodeou-se de apoiantes (e eram muitos) para combater os papões da direita. Moedas não faltou à chamada.

ELEIÇOES LEGISLATIVAS: Rui Rio, lider do Partido Social Democrata (PSD), durante uma arruada em Lisboa, no segundo dia de campanha para as eleições legislativas que se realizaram no próximo dia 30 de Janeiro. 17 de Janeiro de 2022 Alvalade, Lisboa TOMÁS SILVA/OBSERVADOR
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TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Dois dias, três cidades diferentes, um bastião (Braga), duas autarquias roubadas ao PS (Barcelos e Lisboa). Mais uma voltinha no carrossel, mais uma demonstração de força e de capacidade de mobilização. Rui Rio desceu a Avenida da Igreja e, tal como tinha acontecido na véspera em Barcelos, voltou a ser perseguido por um mar de gente.

“Já fiz muitas campanhas, como tenho dito, sou quase um profissional de eleições, sei que no fim aparecem sempre mais pessoas, mas o facto de aparecerem no início é significativo”, assumia um surpreendido Rio no final de uma arruada caótica, onde valeu quase tudo menos arrancar olhos e onde ficou mais uma vez evidente que existe preocupação do aparelho social-democrata em criar um efeito cénico impactante.

Nem tudo é encenação, ainda assim. Parte da massa humana que se juntou à campanha nestes primeiros dois dias fê-lo, de facto, de forma espontânea. Isso foi evidente me Barcelos e voltou a repetir-se esta terça-feira, em Lisboa. Em 2019, Rui Rio até teve tempo e espaço para engraxar os sapatos; desta vez, era praticamente impossível chegar perto do líder social-democrata. A campanha do PSD tem uma dinâmica diferente e há um fator em particular que faz a direção de Rui Rio acreditar: Carlos Moedas, que não faltou à chamada do líder social-democrata.

[Ouça aqui a reportagem da Rádio Observador na campanha do PSD, em Lisboa]

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Moedas fura multidão e junta-se a Rio

“Sinto na rua o que já sentia como candidato à Câmara de Lisboa: que as pessoas querem essa mudança, e sobretudo o projeto para o país que o PSD tem. É por isso que estou aqui a apoiar Rui Rio e o PSD, temos de mudar”, afirmou o agora presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que se juntou à bolha onde seguia Rio a meio da arruada – onde já antes estavam Suzana Garcia, Isabel Meirelles e Ricardo Batista Leite, por exemplo.

A vitória surpreendente de Carlos Moedas foi o bater de asas que está a marcar o arranque da corrida eleitoral de Rui Rio. Quanto à mensagem política, para lá de todo o carnaval típico de campanha, foi a mesma: se Costa insiste em colar o PSD à direita, insistindo nos papões da prisão perpétua ou na privatização da Segurança Social e do SNS, algo que o líder do PSD já esclareceu exaustivamente que não pretende, Rio exige “elevação” e verdade.

“Se António Costa insistir neste pingue pongue vai ficar a falar sozinho. O que o PS tem feito não é apresentar as suas propostas, é procurar dizer que nós propomos o que não propomos. Hoje recuperou a ladainha da prisão perpétua, se for assim vai ficar naturalmente a falar sozinho. Espero que a campanha ganhe elevação”, atirou Rui Rio.

O núcleo duro do líder social-democrata está perfeitamente consciente de que a estratégia de António Costa é tentar colar Rui Rio à direita liberal e à agenda do Chega para assustar o eleitorado mais moderado – precisamente aquele que Rio luta desesperadamente para conquistar. Daí a insistência do presidente do PSD em repetir a mensagem: um voto no PSD é um voto seguro. “António Costa está a tentar meter medo aos portugueses. Vem aí o papão de direita. O PSD nem sequer é direita, estou farto de dizer. O PSD é de centro”.

Parte do resultado eleitoral será definido por quem conseguir impor a narrativa aos eleitores. Para já, e num dia com uma agenda mais limitada em virtude do debate entre todos os candidatos marcado para as 21 horas, Rio saiu da freguesia de Alvalade com o embalo de mais uma missão cumprida. Voltará à capital apenas no último de campanha e novamente ao lado do amuleto chamado Carlos Moedas.

Nota ainda para um tema que invadiu a campanha: o Ministério Público pediu a condenação do secretário-geral do partido, José Silvano, e da deputada Emília Cerqueira pelo crime de falsidade informática no âmbito do caso das presenças-fantasma. Rio desvalorizou o caso, Silvano acabou a dizer que vai ser ser absolvido. Resta saber se o caso vai ou não contaminar o resto da disputa eleitoral.

ELEIÇOES LEGISLATIVAS: Rui Rio, lider do Partido Social Democrata (PSD), durante uma arruada em Lisboa, no segundo dia de campanha para as eleições legislativas que se realizaram no próximo dia 30 de Janeiro. 17 de Janeiro de 2022 Alvalade, Lisboa TOMÁS SILVA/OBSERVADOR ELEIÇOES LEGISLATIVAS: Rui Rio, lider do Partido Social Democrata (PSD), durante uma arruada em Lisboa, no segundo dia de campanha para as eleições legislativas que se realizaram no próximo dia 30 de Janeiro. 17 de Janeiro de 2022 Alvalade, Lisboa TOMÁS SILVA/OBSERVADOR ELEIÇOES LEGISLATIVAS: Rui Rio, lider do Partido Social Democrata (PSD), durante uma arruada em Lisboa, no segundo dia de campanha para as eleições legislativas que se realizaram no próximo dia 30 de Janeiro. 17 de Janeiro de 2022 Alvalade, Lisboa TOMÁS SILVA/OBSERVADOR ELEIÇOES LEGISLATIVAS: Rui Rio, lider do Partido Social Democrata (PSD), durante uma arruada em Lisboa, no segundo dia de campanha para as eleições legislativas que se realizaram no próximo dia 30 de Janeiro. 17 de Janeiro de 2022 Alvalade, Lisboa TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

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