A Fundação Calouste Gulbenkian será responsável por cerca de 20 eventos que integram a programação da Temporada Cultural França-Portugal, apresentada esta terça-feira de manhã, na sede do Ministério da Cultura, no Palácio da Ajuda, em Lisboa. Entre estes conta-se uma mostra do escultor Rui Chafes, do cineasta Pedro Costa e do fotógrafo Paulo Nozolino, no Centre Pompidou, e uma instalação de uma obra monumental de Pedro Cabrita Reis, As Três Graças, no jardim do Museu do Louvre. A exposição será inaugurada em junho e a instalação estará no Louvre a partir de fevereiro.

Fevereiro será o mês do arranque das iniciativas, promovidas em França e em Portugal para divulgar a cultura dos dois países. Em solo francês, a abertura decorrerá a 12 de fevereiro, com um concerto inaugural da pianista Maria João Pires e da Orquestra Gulbenkian, produzido pela fundação em colaboração com a Philarmonie de Paris, onde decorrerá. Em março, a exposição Tudo o que eu quero, de mulheres artistas portuguesas, que esteve patente na Gulbenkian até agosto, vai viajar até Tours, onde ficará exposta no Centre de Création Contemporaine Olivier Debré até setembro.

“Tudo o que Eu Quero”. A voz e o mundo das mulheres numa exposição com 40 artistas portuguesas

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Em abril, abrirá no Musée d’art Moderne de la Ville de Paris a exposição individual de Francisco Tropa e, dois meses depois, a retrospetiva de Maria Helena Vieira da Silva, no Museu Cantini, em Marselha, cidade onde estará patente entre junho e outubro uma mostra de Wilfrid Almendra. Outras iniciativas incluem o Festival de História de Arte, em Château de Fontainebleau, ou Festival Chantiers d’Europa, no Théâtre de la Ville, em Paris, ambas com o apoio da Gulbenkian, que levará à capital francesa as obras-primas da sua coleção. Estas estarão expostas entre finais de maio e setembro, no Hôtel de la Marine.

A Temporada Cultural França-Portugal foi apresentada esta terça-feira de manhã, no Palácio Nacional da Ajuda. Participaram na sessão o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e a ministra da Cultura, Graça Fonseca, e os seus homólogos franceses, Jean-Yves Le Drian e Roselyne Bachelot-Narquin, que falaram à distância, a partir da Torrei Eiffel. Sob o mote “O sentimento oceânico”, a programação “intensa e diversificada” inclui mais de 200 eventos, organizados por 400 entidades em ambos os países, entre fevereiro e outubro de 2022.

“Cada país será palco para o país parceiro, promovendo a sua cultura, língua e um olhar sobre a contemporaneidade. Património, criação artística (teatro, dança, fotografia, música, literatura, cinema), investigação (científica, patrimonial, histórica), educação e formação, inovação técnica e empresarial, gastronomia e moda são algumas das áreas trabalhadas em conjunto por entidades portuguesas e francesas”, refere a informação disponibilizada.

“Partindo de um passado comum entre Portugal e França, a Temporada Portugal-França 2022 abrirá caminho para novas colaborações entre artistas, cientistas, investigadores e empresários, contribuindo para uma Europa cada vez mais colaborativa e comprometida com os valores que a unem.”