O Presidente dos Estados Unidos disse esta quarta-feira estar “profundamente desapontado” com o fracasso no Senado da grande reforma eleitoral com a qual procurava proteger os direitos de voto das restrições impostas nos estados conservadores.
“Estou profundamente desapontado por o Senado não ter conseguido defender a nossa democracia. Estou desapontado, mas não desanimado”, escreveu Joe Biden na rede social Twitter.
I am profoundly disappointed that the Senate has failed to stand up for our democracy. I am disappointed — but I am not deterred.
We will continue to advance necessary legislation and push for Senate procedural changes that will protect the fundamental right to vote.
— President Biden (@POTUS) January 20, 2022
Biden prometeu que continuaria a insistir em mudanças para proteger os direitos de voto nos EUA.
O seu grande projeto de reforma eleitoral foi derrotada esta quarta-feira no Senado devido ao bloqueio unânime republicano, mas também às divisões dentro do seu próprio partido.
Primeiro os republicanos recusaram-se a debater a grande reforma eleitoral de Biden, utilizando uma manobra conhecida como filibuster, que permite que qualquer medida seja impedida de ser debatida, a menos que se reúna um mínimo de 60 votos.
Horas mais tarde, o líder democrata do Senado, Chuck Schumer, propôs uma mudança nas regras do Senado para retirar o poder ao obstrutor e fazer com que a medida fosse debatida.
Biden reconhece que a sua reforma da lei eleitoral pode ser reprovada no Senado
No entanto, como previsto, não conseguiu reunir o apoio de que necessitava dentro das suas fileiras.
Os senadores democratas Kyrsten Sinema do Arizona e Joe Manchin da Virgínia Ocidental juntaram-se aos republicanos para votar contra a alteração das regras do jogo.
O impasse republicano e as diferenças internas entre os democratas são um revés para Biden, que assinala esta quinta-feira um ano em funções à frente da Casa Branca.