Quase um quarto (23%) das empresas portuguesas com 10 ou mais trabalhadores utilizaram no ano passado dispositivos ou sistemas interconectados (internet das Coisas – IoT), mais 10 pontos percentuais que em 2020, divulgou esta quinta-feira a Anacom.

Em comunicado, a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) adianta que Portugal “encontrava-se seis pontos percentuais abaixo da média dos 27 países da União Europeia (UE27), ocupando o 16.º lugar neste ‘ranking'”.

A utilização de dispositivos ou sistemas interconectados que podem ser monitorizados ou controlados remotamente através da internet (IoT) “tende a ser maior à medida que aumenta a dimensão empresarial, encontrando-se acima da média no caso das médias empresas (35%) e das grandes empresas (46%)”, refere o regulador.

“Por setor de atividade, a utilização de dispositivos interconectados monitorizados ou controlados remotamente pela internet nos setores eletricidade e água (41%), alojamento e restauração (30%) e comércio por grosso e a retalho (28%) superou a média nacional”, aponta a Anacom.

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As empresas utilizaram equipamentos de IoT “sobretudo para segurança das instalações (86%), gestão do consumo de energia (32%), gestão logística (21%), processos de produção (19%), monitorização das necessidades de manutenção (18%) e serviço ao cliente (13%)”.

Em 2020, 30,1% dos utilizadores individuais de internet dispunham de algum equipamento de uso pessoal com acesso à internet, acima da média da UE a 27, e 19% tinham algum equipamento doméstico com ligação à internet.

“Noutra perspetiva, 23,6% do total de indivíduos dispunham de algum equipamento de uso pessoal com acesso à internet, valor superior à média da UE27, e 14,8% dispunham de algum equipamento doméstico com ligação à internet”, salienta a Anacom.

Entre os equipamentos de uso pessoal analisados, destacam-se os relógios inteligentes, pulseiras de fitness, óculos ou auscultadores, equipamentos de localização por GPS, roupas, sapatos ou acessórios (23,8% dos utilizadores de internet), automóveis equipados pelo fabricante com conexão à internet sem fios (8,6%) e os equipamentos conectados com a internet para cuidados médicos e de saúde (7,2%), aponta o regulador.

No que respeita a equipamentos domésticos, destacam-se os assistentes virtuais (9,7%), as soluções de segurança (6,6%), os eletrodomésticos (5,6%) e os equipamentos que permitem gerir a energia da casa (5,1%).

“Estes equipamentos domésticos e de uso pessoal com ligação à internet foram mais utilizados pelos indivíduos com maiores níveis de escolaridade e com menos de 45 anos”, conclui a Anacom.