O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse esta quinta-feira que a segurança do continente europeu é impossível sem a restauração da integridade territorial do seu país.

A segurança alargada na Europa é impossível sem a restauração da soberania e integridade territorial da Ucrânia”, disse Zelensky num vídeo esta quinta-feira divulgado, no momento em que a Rússia continua a concentrar dezenas de milhares de soldados na zona de fronteira.

A península ucraniana da Crimeia foi anexada pela Rússia em 2014, e o Donbass, no leste da Ucrânia, está envolvido num conflito, desde esse ano, com separatistas pró-Rússia, que Kiev garante estarem a ser apoiados militar e financeiramente pelo Kremlin.

Enquanto decorrem intensas negociações entre o Ocidente e Moscovo, tentando encontrar uma solução para a crise na fronteira da Ucrânia, Zelensky disse esperar uma “redução da escalada”.

“Espero que os nossos esforços conjuntos, as nossas conversas com a Federação Russa, levem à redução da escalada na fronteira da Ucrânia e obtenham garantias russas de paz no Donbass”, sublinhou o Presidente ucraniano.

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A União Europeia (UE) e os Estados Unidos parecem continuar em sintonia na sua estratégia de negociação com Moscovo para conseguir uma solução para a situação na fronteira ucraniana.

Esta quinta-feira, o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, concordou com o Presidente norte-americano, Joe Biden, em que, “qualquer tipo de agressão” por parte da Rússia contra a Ucrânia custará caro a Moscovo.

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“Estamos a trabalhar com os aliados, para estarmos preparados para aplicar uma resposta que poderá custar muito caro à Rússia, na eventualidade de uma qualquer agressão à Ucrânia. O alerta do Presidente Biden vai no mesmo sentido“, reconheceu Borrell, durante uma conferência de imprensa conjunta com a sua homóloga do Canadá, Mélanie Joly.

O chefe da diplomacia europeia deixou claro que “há uma forte ameaça na fronteira ucraniana, que levamos muito a sério. Consideramos as tropas russas na fronteira ucraniana uma ameaça”, explicou Borrell.

Numa conferência de imprensa na quarta-feira, em Washington, Biden já dissera que “se (os russos) fizerem o que são capazes de fazer com uma força massiva na fronteira será um desastre para a Rússia“.

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