O fundador do Livre Rui Tavares reafirmou esta sexta-feira a necessidade de mobilizar o eleitorado à esquerda, para evitar a possibilidade de “uma maioria à direita, encostada à extrema-direita”.

“A esquerda, nas sondagens, tem mais votos e potencialmente mais deputados e deputadas do que a direita. A maneira de impedirmos uma maioria de direita com força da extrema-direita é mobilizar toda a esquerda”, disse aos jornalistas, à saída de uma reunião com o diretor do departamento de Física da Universidade de Aveiro (UA).

Rui Tavares, fundador e cabeça de lista do Livre por Lisboa, referiu que a última sondagem [da Universidade Católica] foi um “aviso à navegação”, defendendo que é preciso mostrar “clareza e convergência”, e manifestou-se convicto de que a esquerda vai ter que se entender no próximo dia 31.

O dirigente acredita que a esquerda em Portugal “está unida no essencial: na preservação do estado social, dos serviços públicos, da educação pública, do Serviço Nacional de Saúde”, afirmando que “é possível encontrar entendimentos também naquilo que falta”.

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“O que o eleitorado de esquerda está preparado para dizer é que uma vez que sejam dados esses sinais, certamente as pessoas encontram uma viabilidade no seu voto e percebem que o fantasma da ingovernabilidade não passa de um fantasma que está a ser artificialmente criado para forçar a votos que as pessoas não querem dar”, afirmou.

A campanha do Livre passou esta tarde pela UA com uma reunião com o diretor do Departamento de Física, João Dias, para falar sobre os problemas da ria de Aveiro e o impacto das alterações climáticas no território nacional.

Rui Tavares ouviu o professor João Dias explicar que um dos problemas da ria de Aveiro tem a ver com o declínio da extração do sal, uma situação que tem impacto ao nível da navegabilidade da ria.

Para resolver este problema, o docente defende a criação de uma rede de monitorização da ria e a instalação de uma draga permanente para limpar os fundos de acesso às marinas.