Inês Sousa Real esteve reunida ao final da manhã com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve. A líder do PAN alerta que os profissionais de saúde “neste momento estão a ir para o estrangeiro”, por falta de atratividade na profissão, apelando a uma “valorização das carreiras”.

“Quando atingimos um pico de 22 milhões de horas extraordinárias realizadas e quando neste momento temos prestadores de serviços em vez de apostarmos na contratação, temos de mudar o paradigma” no setor. Inês Sousa Real lembra ainda que as parcerias público-privadas na Saúde não resolvem os problemas do setor. E pede, sobretudo para a região do Algarve, garantias de “outras formas de atratividade”, como “existência de creches para os profissionais de saúde, que são forçados a fazer mais horas, sobretudo no Verão” e como acesso à habitação para os profissionais que têm de deslocar para poderem trabalhar.

“Falarmos de SNS não é apenas falarmos na valorização das carreiras ou a discussão em torno da privatização ou não”, aponta Inês Sousa Real, que, sobre a pandemia, sublinha que a vacinação contra a Covid-19 “tem sido eficaz”.

Em declarações aos jornalistas, questionada também sobre as sondagens conhecidas esta quinta-feira à noite, e que dão ao PAN a eleição de um a dois mandatos, Inês Sousa Real diz que “as sondagens valem o que valem” e ressalva que nunca têm espelhado o resultado que o partido obtém no dia das eleições.

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“Aquilo que é importante é que no dia 30 as pessoas votem nas causas em que acreditam” e volta a tocar na questão da bipartidarização: “Estarmos a votar PS ou PSD não serve os interesses do país. Um voto útil não vai ser um voto à esquerda ou à direita, mas sim um voto nos partidos que têm programas que dão resposta aos desafios atuais, como é o caso do PAN”, apela.

À hora de almoço, a líder do PAN seguiu até ao Mercado Municipal de Portimão para contacto com a população. Distribuiu flyers, mas também sacos de pano com o logotipo do PAN, tendo evitado passar na banca do peixe ou no talho.

Já de manhã, a caravana esteve em Lagoa, onde visitou as Alagoas Brancas, onde apelou à classificação daquele local como zona protegida para que sirva de ponto de observação de várias espécies e não para construção.