Depois da suspensão da última Assembleia Geral da SAD a 6 de janeiro, o Benfica poderia tentar ou seguir um de dois caminhos: 1) chegar a acordo com José António dos Santos para não indicar nenhum membro para o Conselho de Administração mesmo tendo esse direito por deter uma percentagem do capital acima dos 10%; 2) apresentar uma proposta remodelada de nomes que estivesse preparada para outra “investida” de José António dos Santos. Faltando acordo para a primeira, avançou a segunda. E, a meio da tarde desta segunda-feira, os encarnados tinham anunciado uma nova composição que abrangia qualquer cenário.

“Com referência à a Assembleia Geral Extraordinária da Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD (doravante referida por “Sociedade”) convocada para deliberar sobre a eleição e recomposição dos cargos sociais do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral e a eleição dos membros dos respetivos órgãos para o mandato relativo ao quadriénio 2021/2025 e cujos trabalhos, após terem sido suspensos no passado dia 6 de janeiro, serão hoje retomados, venho, para o efeito, informar que o acionista Sport Lisboa e Benfica fez chegar hoje ao conhecimento do Presidente da Mesa da Assembleia Geral uma revisão da proposta oportunamente apresentada relativa à composição do conselho de administração para o quadriénio de 2021/2025, propondo que o Conselho de Administração passe a ser composto por nove membros”, explicava o comunicado enviado à CMVM, detalhando os nomes à consideração.

Mantendo Nuno Miranda de Magalhães como líder da Mesa da Assembleia Geral da sociedade e João Cordeiro Augusto na presidência do Conselho Fiscal e Disciplinar (com as respetivas equipas em cada órgão que tinham sido propostas a 6 de janeiro), a nova proposta dos encarnados mantinha Rui Costa, Domingos Soares Oliveira, Luís Mendes, Manuel de Brito, Gabriela Rodrigues Martins e Rosário Pinto Correia mas acrescentava mais três nomes, Lourenço Coelho, Rita Sampaio Nunes e Rui do Passo. E a ideia era simples: caso José António dos Santos, também conhecido por Rei dos Frangos, não abdicasse de nomear um administrador, caía Rui do Passo e as contas estavam fechadas. Assim aconteceu.

Pires de Andrade, antigo presidente da Mesa da Assembleia Geral do Benfica e pessoa próxima de Luís Filipe Vieira fora da esfera do clube, foi o escolhido, entrando assim como vogal. “Foi eleito ao abrigo do exercício do direito previsto no artigo 392.º, n.ºs 6 a 9 do Código das Sociedades Comerciais, na sequência do voto contra a lista apresentada pelo acionista Sport Lisboa e Benfica para o Conselho de Administração que fez vencimento”, esclareceu o clube no comunicado final do encontro enviado à CMVM.

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