O presidente do Reagir, Incluir, Reciclar (RIR), Vitorino Silva, esteve esta segunda-feira no Mercado dos Lavradores, no Funchal, em campanha para as eleições legislativas do próximo domingo, e defendeu um parlamento com mais cor e “deputados biológicos”.

“A Madeira tem cor e tenho a certeza de que no dia 30 vai haver mais cor no parlamento. Não é só laranjas e rosas”, afirmou o candidato pelo círculo do Porto, popularmente conhecido como Tino de Rans.

Em conversa com um comerciante do mercado, o presidente do RIR realçou que “é preciso fruta fresca no parlamento” e são necessários “deputados biológicos”.

“Estamos fartos de deputados de estufa”, disse Tino de Rans, que percorreu esta segunda-feira de manhã as principais artérias do Funchal, num périplo onde entregou cartões de campanha, falou com alguns populares e tirou fotografias.

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“Quem é que não conhece o senhor?”, atirou um cidadão, ao que Vitorino Silva respondeu: “As sondagens”.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do RIR considerou que “Portugal é um país de costas voltadas para o mar”.

“E vim dizer aqui que os políticos de Lisboa, os políticos do país, têm de encarar o mar de frente de uma vez por todas e não podemos desbaratar esse grande potencial”, salientou.

Vitorino Silva acusou ainda os “partidos grandes” de “tudo fazerem para abafar os pequenos”, reforçando que “os frutos raros também cabem no parlamento”.

Tino de Rans frisou, por outro lado, que o RIR “é o partido da ponte e é possível fazer uma grande ponte entre o continente e as ilhas”.

“Pontes de diálogo, ouvir esta gente que tem muito para nos ensinar”, acrescentou.

“O povo de Portugal já percebeu que o RIR merece uma oportunidade. Eu sou o candidato pelo Porto e a grande mensagem é esta: uma ‘Oportunidade'”, afirmou.

Questionado sobre as perspetivas para as eleições legislativas antecipadas do próximo domingo, o candidato vincou que a sua maior ambição é “ter a chave do parlamento” e “defender o povo verdadeiro”.

“Há uma coisa que me entristece muito quando vejo políticos a falar no parlamento, em que eles pensam para falar a verdade. E quem pensa para falar a verdade está a mentir”, apontou.

“Pensa-se muito para falar a verdade e a verdade não é preciso ser pensada. É preciso políticos de coração, que falem com o coração, com alma, com garra. Portugal é um país de lutadores e precisa de um político lutador, que não esteja hipotecado aos lobbies”, reiterou Tino de Rans.

Dezasseis forças políticas concorrem às eleições legislativas de 30 de janeiro pelo círculo da Região Autónoma da Madeira, que elege seis deputados à Assembleia da República, onde atualmente têm assento três representantes do PSD e três do PS.

De acordo com a Comissão Nacional de Eleições (CNE), estão inscritos 256.463 eleitores e as candidaturas admitidas surgem por esta ordem no boletim de voto: Movimento Alternativa Socialista (MAS), MPT — Partido da Terra, JPP, Alternativa Democrática Nacional (ADN), PSD/CDS-PP, PTP, RIR, Ergue-te, Bloco de Esquerda, CDU (coligação PCP/PEV), Iniciativa Liberal, PS, Livre, PPM, PAN e Chega.