O presidente do Reagir, Incluir, Reciclar (RIR), Vitorino Silva, cabeça de lista pelo Porto, disse esta terça-feira acreditar na eleição para o parlamento, porque “o povo está farto de deputados de estufa”.

“Queremos pessoas livres no parlamento. Quando digo que é preciso deputados biológicos, é porque o povo está farto de deputados de estufa”, afirmou o candidato, também conhecido como Tino de Rans, em declarações à Lusa.

Vitorino Silva participou numa ação de campanha do seu partido, na feira de Lousada, no distrito do Porto, onde até fez campanha por videochamada.

Ao telefone, de olhos postos no ecrã, agradeceu a uma eleitora que prometia, de viva voz, “votar no Tino”.

Acompanhado por alguns apoiantes, o candidato que se autointitulava “o Tininho” distribuiu propaganda pelos feirantes e clientes, aos quais pediu “uma oportunidade”.

“É o vosso Tino de Rans”, dizia, de braços abertos às pessoas por quem passava, que ia saudando sonoramente, recordando que em Lousada jogava em casa, por ser natural do concelho vizinho de Penafiel.

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A um comerciante que vendia roupa, Vitorino Silva perguntou: “Mereço uma oportunidade?”.

A resposta foi um “claro que sim”, ao que o político da televisão, como alguns lhe chamavam, foi dizendo: “Então ajudem-me”.

Por entre as tendas que vendiam hortaliças, sapatos ou roupa interior, Vitorino Silva não passava indiferente e prometia não ir para o parlamento “dormir ou desiludir”.

À Lusa, recordou que, apesar de “aparecer muito na televisão”, fala “uma linguagem simples”.

“Não sei falar de outra maneira”, foi repetindo, acenando a idosos e jovens, lembrando: “Isto é o meu habitat natural”.

Aos idosos prometeu lutar pelas suas reformas, como um agricultor que disse conhecer, e a duas jovens que sorriam para ele pediu para ser fotografado com “as beldades”, como tem feito com toda a gente, “em todo o país”, contou.

Questionado se o cumprimento efusivo que fizera a uma eleitora vestida com uma camisola tivera algum significado, Tino de Rans gargalhou e respondeu que quer os votos de todas as cores, porque, asseverou, “a democracia está inquinada”, à “esquerda e à direita”.

“Tenham vergonha na cara, respeitem todos os partidos por igual, porque temos nome, temos honra, temos dignidade”, atirou, dirigindo as críticas à comunicação social, por ter sido “discriminado” nos debates e prejudicado nas sondagens.

Apesar disso, afirmou acreditar na sua eleição pelo Porto (são precisos cerca de 17 e 18 mil votos) no próximo domingo, prometendo “uma grande surpresa na noite eleitoral” com a votação do RIR.