Mais de 120 pessoas, incluindo padres, professores e voluntários em instituições católicas em países de língua alemã, assumiram publicamente fazer parte da comunidade LGBTQI+ através de um manifesto que pede o fim da descriminação no seio da Igreja Católica. É a primeira vez que um grupo de crentes se assume desta maneira.

A iniciativa, intitulada #OutInChurch, foi lançada no domingo passado nas redes sociais, dez dias antes do início de um plenário do Caminho Sinodal alemão onde se irão discutir temas relacionados com a sexualidade. Segundo o diário digital religioso 7 Margens, que teve acesso ao manifesto antes da sua divulgação, a iniciativa foi inspirada na ação #ActOut, em que atores e atrizes assumiram pertencerem à comunidade LGBTQI+.

Pedindo que a Igreja tenha os seus apelos em consideração, que incluem o direito das pessoas LGBTIQ+ viverem sem medo e de terem acesso a todo o tipo de atividades e ocupações o seio da Igreja sem serem alvo de discriminação, o grupo apelou ao fim das “declarações ultrapassadas da doutrina da Igreja” no que diz respeito à sexualidade e ao género, defendendo que estas devem ser revistas

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Argumentando que a vida pessoal não pode ser considerada “violação da lealdade” ou motivo para despedimento, os membros do #OutInChurch defenderam que a Igreja não deve negar “a bênção de Deus ou o acesso aos sacramentos” à comunidade.

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Os funcionários pediram também que a Igreja assuma a discriminação contra a comunidade e o sofrimento causado ao longo dos tempos e que “um processo de reflexão e reconciliação sobre a história da culpa institucional” seja iniciado, de modo a que as mudanças sejam concretizadas.