A Rússia vai reforçar a cooperação estratégica com Cuba, Venezuela e Nicarágua “em todos os âmbitos”, disse esta quarta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov.

“Sobre Cuba, Nicarágua e Venezuela, temos relações muito estreitas e uma cooperação estratégica em todos os âmbitos: na economia, cultura, educação e cooperação técnico-militar”, disse o chefe da diplomacia russa durante uma sessão na Duma (câmara baixa do parlamento russo), em Moscovo.

Lavrov assinalou que as relações foram “reforçadas” após recentes conversações entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e os líderes dos três países.

Há duas semanas, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Riabkov, “não confirmou nem desmentiu” o eventual destacamento de uma infraestrutura militar russa em Cuba e na Venezuela.

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Durante recentes conversações telefónicas entre o presidente e os representantes dos três Estados amigos estudaram-se as formas para se aprofundar a nossa ligação estratégica, em todas as áreas sem exceção, disse Lavrov.

O presidente da Venezuela, Nicolás Madura, transmitiu na passada quinta-feira o repúdio “pelas campanhas de provocação e de manipulações contra a Rússia”.

Os países ocidentais acusam a Rússia de pretender invadir novamente a Ucrânia, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia, em 2014, e de alegadamente patrocinar, desde então, um conflito em Donbass, no leste da Ucrânia.

A Rússia nega quaisquer planos para uma invasão, mas associa uma diminuição da tensão a tratados que garantam que a NATO não se expandirá para países do antigo bloco soviético.

Putin falou na segunda-feira com o líder cubano Miguel Díaz-Canel sobre a cooperação bilateral, incluindo as ajudas de Moscovo na luta contra a pandemia de Covid-19 em Cuba.

Na terça-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, negou que Putin e Diáz-Canel tenham abordado o aumento da cooperação técnico-militar e o estabelecimento de bases militares russas em Cuba.