Um irlandês que se recusou a utilizar máscara num voo de Dublin para Nova Iorque, além de ter atirado uma lata à cabeça de um passageiro, ameaçado o piloto e mostrado as nádegas a uma hospedeira, pode ser condenado a 20 anos de prisão.

O voo, num avião da Delta Airlines, realizou-se no dia 7 de janeiro, e Shane McInerney, de 29 anos, foi presente a tribunal nos Estados Unidos da América uma semana depois do incidente.

O irlandês, presente a um juiz de Nova Iorque, é acusado de “agredir intencionalmente e intimidar um funcionário de aviação“, conta o The Guardian.

Além de ter recusado repetidamente utilizar uma máscara contra a Covid-19 e de ter atirado uma lata de uma bebida à cabeça de um passageiro, Shane McInerney “baixou as calças e a roupa interior e mostrou as nádegas a uma hospedeira e aos passageiros“, explicou o comunicado divulgado na sexta-feira.

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Segundo o The New York Post, o irlandês terá ainda levantado os punhos cerrados, ameaçando o capitão do avião, depois de colocar o seu próprio chapéu na cabeça do piloto. Além disso, Shane McInerney terá, escreve o jornal nova-iorquino, “entrado de rompante na cabine da primeira classe a queixar-se da comida que lhe foi dada na [classe] económica“, além de ter “pontapeado o banco do passageiro à sua frente”.

A tripulação ainda ponderou desviar o avião para o aeroporto mais próximo para expulsar o passageiro violento, mas acabou por seguir viagem até ao destino. Shane terá ainda recusado sentar-se durante a aterragem do avião no Aeroporto John F. Kennedy.

O irlandês dirigia-se para a Florida, para começar a trabalhar numa academia de futebol, e foi liberto da prisão após o pagamento de 20 mil dólares de fiança (quase 18 mil euros), enquanto aguarda julgamento. Foi-lhe ainda exigido, na primeira sessão de tribunal, que procurasse ajuda psicológica, depois de ter sido admitido num hospital norte-americano para avaliação médica e psiquiátrica depois da aterragem do voo.

Se considerado culpado, Shane McInerney pode passar até 20 anos na prisão.