O número de doentes internados em enfermarias de Covid-19 nos hospitais está a aumentar ao longo das últimas semanas, mas uma parte destas pessoas não está internada devido a complicações causadas pelo coronavírus, mas sim por outras patologias, noticia o Público.

O jornal falou com profissionais de cinco unidades hospitalares (Hospital de São João, no Porto; Hospital de Santa Maria, em Lisboa; Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, Centro Hospitalar e Universitário do Porto, hospital Amadora-Sintra) que confirmaram que muitos dos internamentos se devem a enfartes, AVCs, acidentes ou cirurgias programadas ou idosos com diferentes tipos de problemas. O mesmo se reflete nas unidades de cuidados intensivos.

Ao fazerem o teste para a Covid-19 e este dar positivo passam a estar nas alas Covid. Dados que levam a pensar que os relatórios diários da DGS não refletem com exatidão a realidade atual, como apontam o director do serviço de Medicina Intensiva do hospital de São João, José Artur Paiva, e o director do serviço de medicina interna do Centro Hospitalar e Universitário do Porto, João Araújo Correia.

Há também, agora, muito menos casos de pneumonia causada pelo coronavirus, a forma mais grave da doença, o que marca uma acentuada diferença em relação às vagas anteriores da pandemia.

A situação varia consoante o hospital, mas o aumento da pressão é transversal, o que obriga a uma logística de gestão de espaço e de recursos humanos complicada.

Segundo o relatório diário da DGS desta quarta-feira, há em Portugal 2.313 doentes com Covid-19 nas enfermarias dos hospitais, menos 7 do que no dia anterior. Em unidades de cuidados intensivos estão 154 doentes, menos 4 do que no dia anterior.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR