Seis migrantes afogaram-se esta quinta-feira e 30 outros estão desaparecidos na sequência do naufrágio da embarcação onde se encontravam ao largo da Tunísia, anunciaram as autoridades e o Crescente Vermelho.

Trinta e quatro outros migrantes foram resgatados por unidades marítimas militares e da guarda costeira após o naufrágio, ao largo de Zarzis, no sudeste da Tunísia, disse o porta-voz do Ministério da Defesa da Tunísia, Mohamed Zekri, citado pela agência francesa de notícias AFP.

De acordo com os testemunhos dos migrantes resgatados, 70 pessoas, incluindo 15 egípcios, três sudaneses e um marroquino, estavam a bordo da embarcação, que saiu da Líbia para tentar chegar à Europa, acrescentou Zekri.

Referiu que decorrem buscas para encontrar as 30 pessoas desaparecidas.

Os sobreviventes serão levados para o porto de El Ketef, na região de Ben Guerdane, indicou o responsável do Crescente Vermelho na área de Medenine (sul), Mongi Slim.

A Itália é um dos principais pontos de entrada na Europa para migrantes do norte da África, principalmente da Tunísia e da Líbia, de onde as partidas aumentaram no ano passado em comparação com anos anteriores.

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Quase 55.000 migrantes desembarcaram em Itália desde o início de 2021 e até novembro, quando em 2020 o seu número tinha sido de quase 30.000, segundo dados oficiais italianos.

De acordo com estatísticas do Fórum Tunisino de Direitos Económicos e Sociais, nos primeiros nove meses de 2021, a guarda costeira tunisina intercetou cerca de 19.500 migrantes que tentavam atravessar o Mediterrâneo.

Quase 1.300 migrantes foram dados como desaparecidos ou afogados no Mediterrâneo e quase 52.000 chegaram às costas italianas durante o mesmo período, segundo estatísticas do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).