A Altice chegou a acordo em dezembro com quatro sindicatos para a revisão do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que garantiu aumentos salariais de 15 euros aos trabalhadores. Ficaram ainda de fora do acordo um conjunto de outros sindicatos, cujo processo vai para conciliação no Ministério do Trabalho.

As estruturas que assinaram o ACT foram o STPT – Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Altice em Portugal, o SINDETELCO – Sindicato Democrático dos Trabalhadores dos Correios, Telecomunicações, Media e Serviços, o TENSIQ – Sindicato Nacional dos Quadros das Telecomunicações e o SICOMP – Sindicato das Comunicações de Portugal. E assim os trabalhadores da Altice afiliados a estes sindicatos já garantiram o dinheiro adicional no ordenado de janeiro. Tal como os empregados que não são sindicalizados.

Já os trabalhadores afetos a sindicatos que não chegaram acordo ainda têm de esperar pelo desfecho da negociação que agora vai passar para a intermediação do Ministério do Trabalho, de acordo com informações recolhidas pelo Observador. A primeira reunião entre as partes deverá ocorrer a 1 de fevereiro.

A empresa assume, oficialmente, ao Observador que “a revisão do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da Atice Portugal, que entrou em vigor a 1 de janeiro de 2022, prevê as mesmas condições para todos os trabalhadores no ativo filiados nos sindicatos que outorgaram o ACT, bem como para todos os trabalhadores não sindicalizados”. Mas, fonte sindical diz ao Observador, que os restantes trabalhadores, nomeadamente os afiliados na Frente Sindical, que junta várias estruturas representativas, receberão os aumentos mais tarde e com retroativos. A empresa não diz quantos trabalhadores ficaram de fora, nem o que acontece a seguir,

Ao Observador realça ter chegado a acordo para um aumento salarial de 15 euros por mês, tendo subido o salário mínimo no grupo para 760 euros. A Altice Portugal diz ainda que garantiu outras medidas “que se traduzem em ganhos pecuniários”, exemplificando com “a garantia de movimentos de evolução na carreira profissional, com base nos princípios da meritocracia; manutenção dos planos de saúde; manutenção dos benefícios de comunicações; reforço das medidas de premiação e acompanhamento na passagem à reforma; e continuidade das políticas ativas de responsabilidade social interna e de respeito pela diversidade, assumindo-se como referência no plano empresarial, nomeadamente, no âmbito das obrigações assumidas internacionalmente”.

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