A BMW sempre assumiu que o i3 era um eléctrico concebido sem olhar muito aos custos, tanto mais que iria ser fabricado em pequenas quantidades, com os elevados custos de produção a serem devidos maioritariamente ao chassi e à carroçaria mais leve, fabricada em plástico reforçado a fibra de carbono. Porém, o atraso na chegada de novos modelos, aliado à necessidade de vender mais eléctricos para reduzir a média de emissões de CO2 da gama, imposta pela União Europeia, obrigou a marca alemã a gerar mais i3 do que inicialmente estaria previsto.

Entretanto, a situação alterou-se com a chegada dos iX3, i4 e iX, pelo que o construtor de Munique entende que está na hora de finalmente desligar a ficha do i3. As últimas unidades serão fabricadas em Julho, o que deixa a BMW sem um modelo pequeno a bateria na sua gama.

O pequeno i3, com linhas de monovolume, surgiu em 2013, e foi oferecendo diferentes packs de bateria, cuja capacidade ia aumentando à medida que a tecnologia ia permitindo alojar mais e melhores células no volume pensado para os acumuladores.

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Inicialmente, o i3 foi proposto com uma bateria de 60 amperes, cerca de 18,2 kWh, com a marca a não anunciar a capacidade directamente em kWh, eventualmente para tornar menos evidente a capacidade real. Depois chegaram as bateria com 94A e 120A, a que correspondem 27,2 e 37,9 kWh. A estas capacidades correspondem autonomias de 190 km (em NEDC, cerca de 145 km em WLTP), 300 km (em NEDC, cerca de 220 km em WLTP) e 308 km (esta já em WLTP).

Apesar dos bons volumes de vendas que garantia para a marca alemã, o i3 vai ser descontinuado, não sendo certo que esta denominação vá ser mantida, para surgir mais tarde associada a outro eléctrico.

Os clientes que até aqui adquiriam o i3 poderão em breve mostrar a sua preferência pelo iX1, um SUV compacto que deverá prometer mais habitabilidade e versatilidade, por um preço similar.