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Costa fecha campanha a garantir que vai "vencer e derrotar a crise política"

Este artigo tem mais de 2 anos

Chegou ao fim da campanha com apelo ao voto útil, a prometer que fará "pontes" como ninguém e com Assis ao lado a lembrar que há limites à esquerda. E à direita uma linha vermelha: o Chega.

Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Comício de encerramento de campanha do Partido Socialista, António Costa, secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro. Pavilhão Rosa Mota. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Intervenção de Francisco Assis. Porto, 28 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR
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JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

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No mesmo espaço onde votou antecipadamente no passado domingo, o Pavilhão Rosa Mota no Porto, António Costa fez baixar o pano sobre a campanha socialista. Doze dias de estrada e dois voos para a Madeira e Açores depois, o líder socialista juntou a maior sala e garantiu que não está cansado: “Esta campanha revigorou-me, deu-me mais energia porque mostrou a reforçada confiança dos portugueses no caminho percorrido”.

Na campanha foi perdendo terreno para o PSD de Rui Rio, o que levou à correção de discurso e estratégia, e nunca mais a maioria absoluta voltou a ser pedida. Nem no discurso final, onde Costa gritou que no domingo o PS “vai vencer e derrotar a crise política, devolvendo estabilidade aos portugueses”. Mas a única garantia que tem para dar nesta altura aos eleitores é que é quem está em melhores condições “de dialogar com todos de fazer as pontes necessárias” e isto por causa da “centralidade política” do PS, partido que diz ter “solidez nos valores que permitem estabelecer pontes mas também dizer não quando chega a altura”.

O final da intervenção foi dedicado à relação do PSD com a extrema-direita e o “nada, nada, nada, nada” que o PS quer ter com o partido de André Ventura. Sobre o Chega, António Costa afirmou que “o perigo não é vir aí uma ditadura ou o Chega ganhar as eleições. O problema é quando esses partidos começam a influenciar, a condicionar” políticas, como diz que aconteceu nos Açores, onde o PSD se apoia também no Chega para governar.

No comício contou com a presença de Francisco Assis, que durante os últimos anos criticou sempre o apoio do PS na esquerda parlamentar. Mas desta vez foi ao Porto para assumir que “por significativas que tenham sido as divergências” com António Costa, “são muitíssimo maiores as convergências”. Com “imensas saudades” de comícios, Assis apareceu, ainda assim, para fazer a distinção entre as esquerdas.”Não damos lições a ninguém, mas não recebemos lições de ninguém sobre a integração no espaço político e ideológico da esquerda”. E ainda que os socialistas mostraram que os portugueses não “estavam condenados a escolher entre a jaula totalitária ou a selva liberal” quando lutaram pela democracia.

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Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Descida do Chiado, em Lisboa, do Partido Socialista, António Costa, secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Lisboa, 28 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Descida do Chiado, em Lisboa, do Partido Socialista, António Costa, secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Lisboa, 28 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Descida do Chiado, em Lisboa, do Partido Socialista, António Costa, secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Lisboa, 28 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Descida do Chiado, em Lisboa, do Partido Socialista, António Costa, secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Lisboa, 28 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

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Assis usou a posição que teve no Parlamento Europeu para afirmar que o país “não deve prescindir de um primeiro-ministro tão prestigiado e credível como António Costa no espaço político europeu”. Um “prestígio único”, sublinhou dizendo mesmo que Costa “é porventura o mais consensual dos líderes europeus”. Criticou o discurso do medo na Europa, mas ao mesmo tempo agitou o receio de a política monetária poder vir a ser alterada, por exemplo, e que aí a experiência de Costa poderá ser vantajosa para Portugal, precisamente por causa do capital político que o presidente do Conselho Económico e Social (nomeado pelo Governo PS) lhe aponta.

Este comício de encerramento, no Porto, foi aberto pelo líder da distrital socialista Manuel Pizarro que foi duro, mais uma vez, com Rio Rio, acusando de andar “escondido com o gato de fora”. “Voltar ao PSD e ao CDS no Governo é mesmo razão para ter medo”, referiu na sua intervenção. Seguiu-se o cabeça de lista pelo círculo do Porto, Alexandre Quintanilha que pediu aos seus eleitores para não esquecerem o que Rui Rio “fez ao Porto, o que fez à cultura, ao futebol, ao Aleixo e ao serviço de reabilitação urbana. Alguém se esquece da famosa lei da rolha? Da sua insensibilidade arrogância e, diria, quase arrogância?” O independente, que é candidato do PS pelo Porto há três eleições legislativas consecutivas, esperou mesmo que nenhum dos que ouvissem “se esqueça do que o Porto sofreu durante os anos da presidência de Rui Rio”.

Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Comício de encerramento de campanha do Partido Socialista, António Costa, secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro. Pavilhão Rosa Mota. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Porto, 28 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Comício de encerramento de campanha do Partido Socialista, António Costa, secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro. Pavilhão Rosa Mota. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Intervenção de Francisco Assis. Porto, 28 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

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No raide final, Costa seguiu de Lisboa para o Porto, tendo saído logo depois da descida do Chiado e onde a turba socialista ainda se cruzou Inês Sousa Real, a candidata do PAN que passou mesmo antes de chegar António Costa para a tradicional descida na zona histórica de Lisboa. Um cruzamento rápido e amigo numa arruada sem tumultos (o que já foi mais do que a última de Costa em legislativas) e onde o líder do PS atirou ao “empolgado” Rui Rio que diz já ver a “distribuir pastas” e “escolher ministros”.

Numa arruada participada, Costa foi interpelado pelos jornalistas sobre o resultado do domingo que colocou nas mãos do Presidente da República. “No domingo à noite vamos ver e, em função dos resultado, o Presidente da República designará a quem cabe a iniciativa de formar governo e em função disso vamos trabalhar”. Saiu a pedir o voto “seguro” no PS e a garantir que vai desta campanha de “consciência tranquila” e com “energia para começar a trabalhar logo na segunda-feira de manhã”.

No comício da noite, Costa voltou a dizer que na segunda-feira estará “revigorado para começar de novo o trabalho que quiseram interromper”. Espera Costa que seja exatamente no mesmo gabinete que ocupa há seis anos, no palacete de São Bento.

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