Quando terminou a sua prestação nos recentes Jogos Olímpicos, e mesmo tendo ficado apenas a um triunfo da medalha, Catarina Costa revelava sobretudo o sentido de missão cumprida. Com apenas 25 anos (que na altura da competição eram 24), a judoca de Coimbra sabia que Tóquio era só um ponto de passagem num longo caminho que tem ainda na modalidade. E as provas que se seguiram confirmam isso mesmo.

O dia da futura doutora Costa, que imaginou “uma bica e um pastel de nata” mas também deitou olhos a uma fatia de pizza

Depois do quinto lugar no Grand Slam de Paris, em outubro, e da medalha de bronze no Grand Slam de Abu Dhabi, em novembro, a atleta conquistou a vitória na categoria de -48kg do Grande Prémio de Portugal, primeira prova do Circuito Mundial de 2022 que teve início esta sexta-feira em Almada.

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Catarina virou o mundo do avesso. O dela, o das outras, o de todos. E o diploma teve quase a forma de medalha

Catarina Costa, que ocupa nesta fase o 12.º lugar do ranking mundial da categoria, começou por derrotar a usbeque Khalimajon Kurbonova (71.ª) após ficar isenta na ronda inicial, vencendo de seguida a italiana Asia Avanzato (63.ª). A portuguesa passou depois dos triunfos por ippon para as vitórias por wazari, superando assim a francesa Melanie Vieu (53.ª), nas meias, e a sul-coreana Hyekyeong Lee (89.ª), na final.

Já Joana Diogo, 67.ª do ranking mundial em -52kg, começou por vencer Erza Muminoviq, do Kosovo  (58.ª), causando depois uma das grandes surpresas do dia ao afastar a sexta melhor do mundo, a suíça Fabienne Kocher. A portuguesa perdeu apenas nas meias-finais com a kosovar Distria Krasniqi (38.ª), caindo para as repescagens onde conseguiu o bronze frente à compatriota Maria Siderot.

De acrescentar que, depois destes pódios, a Seleção fechou o primeiro dia do Grande Prémio de Portugal com uma terceira medalha conseguida por Telma Monteiro na categoria de -57kg (bronze).

Uma estreia tinha de contar com a medalha da ordem: Telma Monteiro de bronze no Grande Prémio de Portugal