O auto-isolamento em casa, ainda que fechado numa única divisão, pode não ser o suficiente para evitar que o restante agregado familiar fique infetado, concluiu um estudo publicado na revista Annals of the American Thoracic Society.

O uso de equipamento de proteção individual e o isolamento parecem ser eficazes na redução de partículas de grande dimensão, que normalmente se depositam a um ou dois metros da fonte e podem ser facilmente eliminadas pela limpeza das superfícies.

Mas as partículas mais pequenas, os aerossóis, ficam em suspensão durante horas e só são devidamente eliminadas com uma boa filtragem do ar ou com uma boa ventilação.

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O estudo foi conduzido em 11 casas e os investigadores conseguiram detetar a presença do vírus, em pequenas partículas, não só no local onde o doente estava em isolamento, mas também nas áreas comuns da casa. O estudo verificou também que nem todas as pessoas cumprem escrupulosamente o isolamento numa única divisão.

Ainda assim, os resultados apoiam a hipótese de que a exposição a pequenas partículas dentro de casa pode ser a explicação para a elevada taxa de infeção dentro do mesmo agregado familiar, refere a equipa liderada por Howard Kipen, professor na Escola de Saúde Pública Rutgers (EUA).

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