O período de isolamento para infetados e contactos de alto risco tem mudado desde o início da pandemia. Já foram 14 dias, 10, agora sete em muitos países e outros já a adotar os cinco. No entanto, há pessoas que continuam infetadas ao longo de semanas ou meses e podem, potencialmente, transmitir o vírus.

“Cerca de 8% das pessoas infetadas com  SARS-CoV-2 podem ser capazes de transmitir o vírus por mais de dois meses, sem terem necessariamente de manifestar sintomas no final da infeção”, disse Marielton dos Passos Cunha, investigador na plataforma científica que junta o Instituto Pasteur (França), a Universidade de São Paulo e a Fundação Oswaldo Cruz (Brasil).

10% das pessoas que saem de isolamento ao fim de sete dias continuam a infetar. Antes de mudarem as regras eram metade

O estudo inicial contou com 38 participantes que foram acompanhados semanalmente entre abril e novembro de 2020, três tiveram uma infeção prolongada. De notar, no entanto, que o estudo foi realizado antes de haverem vacinas contra a Covid-19 e antes de surgirem variantes com a Delta e Ómicron.

O caso mais extremo foi o de um homem de 38 anos que manifestou sintomas durante 20 dias, mas cuja presença do vírus foi detetada ao longo de 232 dias. Nesse período, o vírus da variante Gamma continuou a sofrer mutações, conforme descrevem os autores na revista científica Frontiers of Medicine.

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