Na comunicação de encerramento de contas com os accionistas, a Tesla revelou os resultados de 2021. Os analistas de Wall Street já aguardavam resultados acima da média, em termos de facturação e de lucro, sobretudo depois da marca ter batido recordes de vendas no 4º trimestre do ano, período em que colocou no mercado mais 308.600 veículos, a que corresponderam vendas anuais de 936.172 unidades, praticamente o dobro do ano anterior. Isto apesar da crise dos chips, que “cortou as pernas” à indústria automóvel.

Os analistas de Wall Street anteviram uma facturação da Tesla em 2021 de 17,112 mil milhões de dólares, o que permitia aos accionistas aceder a uma distribuição de dividendos de 2.30 dólares por título. A isto, a Tesla respondeu com uma facturação de 17,7 mil milhões e uma divisão de 2.54 dólares por acção, o que corresponde a um desvio favorável à marca de 3,4%, face às previsões de facturação e de mais 10,4% do que o previsto em relação ao pagamento aos accionistas.

De acordo com o comunicado, a Tesla gerou lucros de 2 mil milhões de dólares no 4º trimestre do ano, rumo a um lucro total de 5,5 mil milhões. Isto numa fase em que está a construir duas fábricas (Alemanha e Texas) e a duplicar a capacidade de produção de outra (Xangai), além de ter acelerado o investimento na rede de distribuição de energia.

Curioso é igualmente a margem de lucro bruta da Tesla, só na produção e comercialização de veículos, que atingiu uns invejáveis 30,6% no 4º trimestre (29,3% GAAP). De realçar que este valor tem vindo a aumentar de forma consistente, uma vez que nos trimestres anteriores atingiu, respectivamente, 25,6% e 21,2%.

Mais entusiasmante é o crescimento do número de estações de Superchargers e pontos de carga. De acordo com o relatório, a Tesla possuía 1075 estações em 2017 (1821 em 2019) e 3476 em 2021, enquanto o número de pontos de carga é hoje de 34.498, muito acima dos 16.104 de 2019 e dos 9069 em 2017.

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