Apesar de as eleições legislativas deste domingo se realizarem ainda em contexto de pandemia, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) considera que estão reunidas todas as condições para que a votação ocorra de forma segura e defende que uma ida ao supermercado é mais perigosa.

Numa conferência de imprensa realizada na Assembleia da República durante a manhã de sábado, a CNE frisou a importância de votar e explicou quais as medidas de segurança tomadas. “Os locais de voto foram preparados para não existirem condições favoráveis ao contágio” e os funcionários receberam “equipamentos de proteção individual que desde de devidamente utilizados salvaguardam a sua saúde”. Haverá também máscaras para os eleitores que as solicitarem, já que não são permitidas as chamadas máscaras sociais.

“Apela-se a todos que cumpram as suas responsabilidades pelos demais cidadãos, seguindo os conselhos dos especialistas e autoridades de saúde quanto à utilização de máscaras e ao comportamento”, afirmou o CNE, salientando que todos devem votar, até os que estão em isolamento devido à Covid-19. “Não persistem quaisquer dúvidas de que votar é seguro, sendo que não há justificação que qualquer cidadão deixe de votar por receio.”

Lembrando que durante a pandemia do coronavírus aconteceram vários processos eleitorais, o CNE adiantou que não foi registado qualquer surto associado às eleições decorridas. Já nas parte das questões, o organismo destacou que o processo é relativamente rápido (apenas alguns minutos) e que as mesas estarão devidamente protegidas.

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“Para ir votar, o tempo de contacto com outras pessoas, o número de pessoas com que se contacta, é muito inferior ao que acontece numa simples compra de rotina de supermercado. O perigo é muito menor.”

Mais de 90% dos eleitores inscritos votaram no domingo antecipadamente

CNE prevê que se possam formar filas durante a manhã e aconselha que se vote noutro horário

Prevendo que se deverão formar filas durante a manhã, sobretudo nas mesas onde houve mais votos antecipados, o CNE recomendou que, quem tiver essa possibilidade, que vote fora desse período. Questionado sobre os locais onde a votação poderá começar mais tarde, o organismo disse que não era possível prever e que os eleitores tivessem em conta a experiência de anos anterior.

“Reafirma-se que estão reunidas todas as condições para que o dia das eleições seja uma oportunidade para o civismo e cidadania. Reiteramos também que votar é seguro, continua a ser seguro”, concluiu o CNE.