O incêndio que deflagrou na sexta-feira numa zona de difícil acesso do Parque Natural de Montesinho entrou em fase de rescaldo ao princípio da tarde de hoje, disse o comandante da corporação de Bragança, Carlos Martins. Segundo a fonte, para combater as chamas durante a manhã de hoje foram mobilizados dois meios aéreos portugueses e quatro espanhóis, ao abrigo de um acordo ibérico.

As chamas deflagraram do lado português, na zona da Lama Grande, Bragança, no Parque Natural de Montesinho, e propagaram-se para o lado espanhol.

Em despacho datado de Zamora, a agência noticiosa EFE indica que na parte espanhola foi atingida uma zona do município de Hermisende, tendo sido cortado ao trânsito a estrada provincial ZA-L-2698, que liga as localidades de La Tejera, Hermisende , San Ciprián de Hermisende e Castromil. No lado português foram queimadas zonas de mato “e algum pinho”.

O incêndio que deflagrou na quinta-feira no Parque Natural de Montesinho e se propagou para Espanha permanece ativo. Durante a madrugada deste sábado, fonte da Proteção Civil disse à Agência Lusa que o fogo estava a consumir “mato e pinhal” e tinha uma frente ativa com “cerca de 400 a 500 metros”, na zona de Vilarinho do lado português e de La Tejera do lado espanhol. Ao início da noite de sexta-feira, o CDOS de Bragança tinha dito que o combate ia ser “moroso” devido às características do terreno.

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As chamas deflagraram do lado português, na zona da Lama Grande, em Bragança, no Parque Natural de Montesinho, e propagaram-se para o lado espanhol onde se desenvolveu a maior parte do incêndio, de acordo com as autoridades. Meios portugueses e espanhóis estão a atuar em conjunto e “o incêndio está a evoluir favoravelmente”, mas o combate às chamas “vai ser moroso” devido às características do terreno, com acessos difíceis, de acordo com o CDOS.

Cerca das 00h13 encontravam-se no local 49 operacionais, apoiados por 18 viaturas, e durante o dia estiveram também envolvidos oito meios aéreos portugueses e espanhóis. O número é este sábado de manhã menor, estando 37 operacionais no terreno e 17 viaturas terrestres, de acordo com o site da Proetção Civil.

O incêndio deflagrou durante a madrugada de quinta-feira na linha de fronteira com Espanha e foi detetado por volta das 4h pelos bombeiros de Bragança, que se deslocaram para o local, como tinha dito à Lusa o comandante Carlos Martins. Por volta das 8h começaram a ser mobilizados meios para este incêndio.

O Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) realizou, na quinta-feira, fogo controlado, as chamadas queimadas, na zona de Soutelo, em Bragança. O comandante dos bombeiros disse que a corporação esteve a dar apoio a esta operação e considera que “não tem qualquer relação” com o incêndio pela “distância” entre os dois eventos e as temperaturas negativas durante a noite com formação de geada.

Dominado fogo florestal que levou cerca de 250 bombeiros a Vale de Cambra. Operacionais permanecem no local

Ficou dominado às 23h15 de sexta-feira o incêndio que lavrava desde as 12h35 no município de Vale de Cambra, e chegou a mobilizar cerca de 250 operacionais, revelou hoje o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Aveiro.

O fogo deflagrou numa zona florestal da aldeia da Paraduça, na freguesia de Arões, e ao longo da tarde foi ganhando dimensão, chegando reunir 213 bombeiros e agentes de Proteção Civil, apoiados por 70 viaturas e três aviões, entre corporações não só do distrito de Aveiro, mas também de Viseu e Coimbra.

O único povoado sob ameaça de risco devido à proximidade do incêndio foi a aldeia da Felgueira, mas Vítor Machado, coordenador das operações enquanto comandante dos Bombeiros Voluntários de Vale de Cambra, disse à Agência Lusa ao início da noite que o controlo do fogo no perímetro do povoado foi prioritário e bem-sucedido.

Quando, às 23h15, o incêndio foi dado como dominado, ainda se encontravam no local 218 operacionais, apoiados por 66 viaturas. “As operações de rescaldo ainda vão ser demoradas”, justificou fonte do CDOS de Aveiro. Pelas 9h30 deste sábado, segundo o site da Proteção Civil, permaneciam em Vale de Cambra 43 operacionais e 15 viaturas terrestres.