A Ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamentou esta terça-feira a morte do escritor Júlio Conrado, recordando um “autor transversal a vários géneros literários e reputado crítico literário”.

Nascido no Algarve, em Olhão, em 1936, Júlio Conrado morreu no sábado, no Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, aos 85 anos.

Morreu o escritor e crítico literário Júlio Conrado

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Júlio Conrado estreou-se no conto, com a publicação de “A Prova Real”, tendo, ao longo do seu percurso literário, experimentado diversos géneros, desde a ficção, à poesia, passando pela crónica, pelo ensaio e pelo teatro.

Paralelamente, colaborou com diversos jornais e revistas, como o Jornal de Notícias, o Diário de Lisboa, O Século, o Jornal de Letras Artes e Ideias, a Colóquio Letras e a Boca do Inferno, esta última revista da Fundação D. Luís, da qual foi diretor executivo.

“Através destas colaborações, podemos descobrir um crítico experiente, conhecedor e com um domínio muito particular do universo literário português dos últimos cem anos, tendo participado, também, em diversos colóquios, congressos e encontros de escritores, tanto em Portugal como no estrangeiro”, destaca a ministra em comunicado.

Júlio Conrado participou também nos órgãos sociais da Associação Portuguesa de Escritores, da secção portuguesa do Pen Club ou da Associação Portuguesa dos Críticos Literários.

Graça Fonseca considera que, nas suas diversas dimensões, “Júlio Conrado deixou marca na história da literatura portuguesa contemporânea, seja através da sua obra, seja através dos seus ensaios e textos de críticas, que nos mostram uma visão lúcida e incisiva sobre a produção literária que, de forma atenta, foi acompanhando”.