A atriz italiana Monica Vitti, “rainha da comédia italiana” e “musa” de Michelangelo Antonioni, morreu aos 90 anos em Roma, revelou esta quarta-feira a agência noticiosa Ansa.
A agência italiana cita o crítico de cinema e antigo presidente da câmara de Roma Walter Veltroni, que revelou a informação da morte da atriz na rede social Twitter, que veio a ser subscrita pelo ministro italiano da Cultura.
Roberto Russo, il suo compagno di tutti questi anni, mi chiede di comunicare che Monica Vitti non c’è più. Lo faccio con dolore, affetto, rimpianto.
— walter veltroni (@VeltroniWalter) February 2, 2022
“Roberto Russo, o seu companheiro nestes anos, pediu-me para comunicar que Monica Vitti já não está entre nós. Faço-o com grande dor, carinho e saudade”, escreveu Veltroni.
Monica Vitti – nome artístico de Maria Luisa Ceciarelli – completou 90 anos em novembro passado e estava há duas décadas afastada da vida pública, diagnosticada com a doença de Alzheimer.
Apesar de ter começado no cinema com Ettore Scola, Monica Vitti ficou conhecida sobretudo a partir dos anos 1960 quando protagonizou vários filmes de Michelangelo Antonioni, nomeadamente “A aventura” (1960), “A noite” (1961), ao lado de Jeanne Moreau e Marcello Mastroianni, “O eclipse” (1962), com Alain Delon, e “O deserto vermelho” (1964).
Monica Vitti popularizou-se ainda em papéis de comédia, em filmes de Mario Monicelli e, sobretudo, com Alberto Sordi, em “Os laços do matrimónio” (1970) e “Pó de Estrelas” (1973), entre outros.
Ao longo da carreira, Monica Vitti contracenou também com Terence Stamp, Richard Harris, Michael Caine, Tony Curtis ou Claudia Cardinale, trabalhou com Luis Buñuel e recebeu vários prémios, entre os quais o Leão de Ouro de carreira, no festival de cinema de Veneza.
A última vez em que Monica Vitti apareceu num evento público foi em 2002 em Paris, na estreia do musical “Notre-Dame de Paris”, escreveu a Ansa.