O ministro do Ambiente e da Ação Climática disse esta sexta-feira que, por ser “um investimento 100% privado”, a localização da refinaria de lítio não compete ao Governo, embora tenha preferência por uma zona perto de minas.

Quando questionado sobre a possibilidade de a futura refinaria de lítio ser instalada em Leça da Palmeira, João Pedro Matos Fernandes respondeu que esse “é mesmo um investimento 100% privado, o que não quer dizer que não possa ter dinheiro do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], desde que a sua candidatura tenha merecimento, mas quem escolhe são mesmo os privados”.

“Tudo faremos para que essa mesma refinaria esteja o mais próximo dos territórios onde houver minas, certamente, mas essa é uma escolha das entidades privadas”, prosseguiu.

O governante, que falava esta sexta-feira numa conferência de imprensa nas instalações da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) no Porto, lembrou que “a presidente da Câmara de Matosinhos não deseja ter ali a refinaria”, mas defendeu que se trata de “um dos mais inovadores projetos a concretizar em Portugal e na Europa nos próximos anos”.

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No final de dezembro, depois de ter sido noticiado que haveria interesse em instalar esta estrutura em Matosinhos, a presidente da Câmara, Luísa Salgueiro, adiantou que o município não quer que o projeto avance.

Autarquia de Matosinhos não quer refinaria de lítio

A autarca disse ainda, em reunião do executivo, que o próprio CEO da Galp lhe tinha transmitido que o concelho do distrito do Porto não seria o escolhido, uma semana depois de empresa ter anunciado um acordo com uma fabricante de baterias e de ter sido noticiado que a refinaria de Leça da Palmeira seria uma hipótese.