Os sindicatos Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB), dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal (SBN) e Independente da Banca (SIB) exigiram esta segunda-feira “o regresso imediato do BCP” às negociações do acordo coletivo de trabalho.

Num comunicado, as estruturas sindicais “exigem ao grupo BCP o regresso imediato às negociações para revisão urgente do acordo coletivo de trabalho (ACT), tendo já solicitado uma reunião ao presidente da Comissão Executiva” do banco.

Os três sindicatos garantiram que no âmbito do processo negocial de revisão do ACT “apresentaram oportunamente a proposta formal de atualização para 2021 das retribuições, pensões de reforma e de sobrevivência, bem como proposta relativa às cláusulas com expressão pecuniária”.

De acordo com as estruturas, “este processo negocial abrange ainda a revisão do clausulado sem expressão pecuniária, ou seja, de todo o clausulado do ACT do grupo BCP”.

As entidades salientaram que “o banco se mostrou indisponível durante grande parte do ano de 2021 para retomar as reuniões da mesa negocial, isto apesar das reiteradas insistências destes sindicatos para esse efeito” garantindo que “além da complexidade resultante da revisão do ACT, o processo de rescisões por mútuo acordo e subsequente (e injustificado) despedimento coletivo, que o BCP decidiu implementar, vieram interferir no decurso das negociações”.

Para os três sindicatos bancários é “fundamental concluir urgentemente a revisão do ACT do grupo BCP” e “como derradeira oportunidade de consenso”, já solicitaram “a realização de uma reunião com o presidente da Comissão Executiva do BCP, de modo que a negociação seja retomada e concluída a breve trecho”.

O BCP terá fechado o ano de 2021 com menos 800 trabalhadores, sendo que 23 foram alvo de despedimento coletivo (abaixo dos 62 iniciais, após reuniões entre banco, comissão de trabalhadores e a Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho) e os restantes saem por acordo com o banco.

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