As exportações de componentes automóveis foram de 8.957 milhões de euros em 2021, mais 3,7% face a 2020, mas menos 8,3% do que em 2019, antes da crise pandémica, segundo os fabricantes para a indústria automóvel.

Analisando o ano de 2021, diz a Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) que “apenas nos meses de fevereiro e março é que as exportações se situaram acima do nível verificado em 2019” e que mesmo no segundo semestre de 2021 “as exportações registaram sempre uma diminuição face a 2020”.

De acordo com a associação, a indústria automóvel continua a ser afetada pela pandemia de Covid-19 e pelo ‘Brexit’ (saída do Reino Unido da União Europeia), assim como pelos problemas nas cadeias de abastecimento.

“A falta de chips, componentes eletrónicos e também à escassez de outras matérias-primas têm levado a graves problemas nesta indústria e levando as construtoras automóveis a interromperem temporariamente a laboração”, justifica.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Quanto aos países de destino das exportações, em 2021, Espanha manteve-se no topo com 2.592 milhões de euros (-0,7% do que em 2019), seguida da Alemanha com 1.845 milhões de euros (-10,7% face a 2019) e de França com 1.039 milhões de euros (-24,0% face a 2019). Já para os Estados Unidos da América foram exportados 476 milhões (mais 24,5% face a 2019) e para o Reino Unido 419 milhões de euros (menos 51,3% face a 2019).

No total, estes cinco países representaram 71% das exportações portuguesas de componentes automóveis, segundo a AFIA.

Apenas em dezembro de 2021, as exportações de componentes automóveis foram de 607 milhões de euros, menos 10,2% face a 2020 e menos 4,9% face a 2019.