O Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) recebeu, em 2021, 134 pedidos de informação sobre a Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin (ilha da Montanha).

Numa entrevista publicada esta sexta-feira, o presidente do IPIM, Benson Lau Wai Meng, disse que os pedidos foram recebidos através de um serviço de consultoria e encaminhamento de negócios entre a China e os países de língua portuguesa.

Segundo o jornal local de língua chinesa Ou Mun Iat Pou, em 2021, o serviço foi utilizado 110 vezes por 75 empresas que trabalham com produtos como carne congelada, café, materiais médicos e anti-pandemia, açúcar, soja e ouro.

Benson Lau sublinhou que o serviço levou à assinatura, no ano passado, de 10 acordos de cooperação comercial a longo prazo entre empresas da China e dos países de língua portuguesa.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O executivo prometeu que o IPIM vai continuar a promover os alimentos e outros produtos dos países de língua portuguesa em evento na China continental, incluindo as Semanas de Macau que em 2021 passaram por cinco cidades.

Benson Lau disse que o IPIM irá também promover oportunidades de investimento nos mercados lusófonos.

O parque industrial de cooperação Guangdong-Macau, em Hengqin, já disponibilizou terrenos para 25 projetos com um investimento acordado de 79,3 mil milhões de yuan (10,4 mil milhões de euros). Quase 4.600 empresas de Macau já se registaram, sendo que mais de 300 estão a operar em Hengqin.

Em 2020, as empresas de Macau investiram na ilha de Hengqin 27,86 mil milhões de patacas (2,99 mil milhões de euros), o que representa um aumento de 64,6%, em termos anuais.