Há cerca de dez anos que é assim: enquanto no mundo real os norte-americanos se atiram às compras de asas de frango, guacamole e cerveja para assistiram à Super Bowl, na internet é da praxe que as redes sociais se encham de fotografias de corujas. O que têm o futebol americano e uma ave predadora em comum? Um trocadilho da língua inglesa.

A piada está toda no mero espaço entre as duas palavras “Super Bowl”, que em português significa “Super Taça”: basta juntar a letra “B” de “Bowl” à palavra “Super” que o termo se transforma em “Superb Owl”, que se traduz em português para “Coruja Soberba”. Aproveitando o entusiasmo relacionado com o maior evento desportivo dos Estados Unidos, os internautas publicam fotografias surpreendentes de corujas majestosas.

A gralha — o erro de tipografia, não o pássaro — foi aproveitada pelo comediante Stephen Colbert para mencionar a Super Bowl fintando “a ira de uma National Football League [NFL] litigiosa” em 2014. Depois disso, a tradição que já tinha começado há anos na internet tornou-se uma estratégia de quem não aprecia futebol americano para atravessar a Super Bowl com o mesmo entusiasmo dos adeptos da NFL.

Mas não só: as instituições de proteção animal, a imprensa especializada em ciência e ambientalismo e alguns dos maiores ativistas embarcaram no movimento viral para alertar para a proteção das corujas. Foi o que fizeram a National Geographic e a Discovery Channel, por exemplo, partilhando dezenas de imagens de corujas para ajudar na consciencialização para a proteção destes animais.

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