As eleições parlamentares húngaras estão marcadas para abril e Viktor Orbán, recandidato ao cargo de primeiro-ministro, quer voltar a vencê-las. Para isso, quer contar com um aliado improvável: Donald Trump. O atual líder do executivo magiar quer convidar o ex-Presidente dos EUA, que é visto como um trunfo e um “ícone” pelos setores mais conservadores da sociedade do país europeu.

De acordo com uma fonte do Fidesz — partido a que pertence Viktor Orbán —, o objetivo é que Donald Trump vá a Budapeste em março. No entanto, o ex-Presidente dos EUA ainda não deu qualquer resposta ao convite. Caso aceitasse, esta seria a primeira viagem ao estrangeiro do magnata norte-americano desde que abandonou a Casa Branca.

“Estas visitas têm uma grande influência na comunidade conservadora húngara, porque [Trump] é visto como um ícone”, divulgou fonte do Fidesz ao The Guardian.

Viktor Orbán foi um dos principais apoiantes de Trump, quando este se candidatou às eleições norte-americanas em 2016 e em 2020. O ex-Presidente norte-americano retribuiu o favor, tendo demonstrado publicamente o seu apoio ao atual primeiro-ministro da Hungria. Numa mensagem publicada no início de janeiro, Trump deixou rasgados elogios ao líder húngaro: “Fez um trabalho fenomenal e poderoso ao proteger a Hungria, a parar a imigração ilegal e a criar empregos comércio”.

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“Ele é um líder forte e é respeitado por todos. Ele tem completamente o meu apoio para a sua reeleição enquanto primeiro-ministro”, declarou Donald Trump.

“Grande líder.” Trump apela à reeleição de Viktor Orbán como primeiro-ministro da Hungria

Se o convite se confirmar, é esperado que o ex-Presidente dos EUA participe na Conferência de Ação Política Conservadora, a 25 e 26 de março, em Budapeste. Confirmados para este evento estão já Santiago Abascal, líder do partido espanhol Vox, e o filho do Presidente brasileiro, Eduardo Bolsonaro.

O objetivo de Viktor Orbán é que Donald Trump seja um dos principais nomes na conferência, cujo intuito consiste na “luta contra o fundamentalismo dos direitos humanos de hoje em dia” e o combate “contra o politicamente correto”. No entanto, de acordo com o The Guardian, o ex-Presidente dos EUA ainda apresenta algum receio de viajar, devido ao risco de contrair Covid-19.