A multinacional sueca de telecomunicações Ericsson registava hoje uma queda acentuada na Bolsa de Estocolmo, após terem surgido revelações sobre alegados pagamentos no passado a membros do grupo extremista Estado Islâmico (EI).

As ações da Ericsson recuavam 12,60% para 100,88 coroas suecas (9,55 euros) às 14h45 (hora de Lisboa).

Borje Ekholm, responsável máximo da multinacional, declarou na terça-feira aos “media” suecos que uma investigação interna revelou que várias irregularidades ocorreram no passado em relação à sua atividade no Iraque. Mencionou, por exemplo, pagamentos feitos para garantir as rotas de transporte que passavam por território controlado pelas forças do EI, segundo a agência Efe.

Ekholm disse ao diário sueco Dagens Industri que a empresa detetou a existência de “despesas invulgares” desde 2018 e que não era conhecida a identidade de quem tinha recebido os pagamentos. A investigação interna também detetou pagamentos em dinheiro que podem estar relacionados com atividades de lavagem de dinheiro.

O grupo de telecomunicações sueco anunciou há algumas semanas que em 2021 teve um lucro de 23.000 milhões de coroas (2.196 milhões de euros), uma subida de 30% na comparação com o ano anterior.

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