A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse esta quinta-feira, em Bruxelas, que parte dos pelo menos 150 mil milhões de euros que África vai receber da estratégia “Portal Global” deve ser aplicada em energias renováveis.

O setor da energia é, destacou Von der Leyen, discursando na abertura da VI cimeira entre a União Europeia (UE) e a União Africana (UA), prioritário para financiamento no âmbito do “Portal Global”.

“O desenvolvimento económico sustentado depende de um acesso fiável à energia”, disse, acrescentando que “África tem energia solar, eólica e hidroelétrica em abundância”. “Vamos investir em projetos para construir capacidade de hidrogénio, ou investimentos em interconexões de eletricidade e acesso à energia” referiu.

A líder do executivo comunitário adiantou ainda que a UA tem que indicar como atingir o objetivo de dar acesso à eletricidade a milhões de africanos que ainda não o têm.

“Todos conhecemos o belo provérbio africano: se queres ir depressa, vai sozinho se queres ir longe, vão juntos”, acrescentou para concluir que os dois blocos devem embarcar “juntos nessa viagem”.

Com o “Portal Global” (Global Gateway), a UE tem como objetivo, até 2027, fazer concorrência à influência da China, oferecendo aos seus parceiros uma resposta às necessidades urgentes de desenvolver infraestruturas digitais, climáticas, energéticas e de transportes sustentáveis e de alta qualidade e reforçar os sistemas de saúde, educação e investigação em todo o mundo, tendo em conta as suas necessidades e os próprios interesses dos 27.

Líderes da UE e da UA reúnem-se entre esta quinta-feira e sexta-feira em Bruxelas, na VI cimeira UE-África, prevista para 2020 e sucessivamente adiada devido à pandemia, que visa revitalizar uma parceria ameaçada pela presença russa e chinesa no continente africano.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR