O treinador Petit rejeitou esta quinta-feira que o encontro entre Boavista e Benfica, na sexta-feira, na abertura da 23.ª jornada da Primeira Liga de futebol, seja um tira-teimas comparativamente à recente derrota nas meias-finais da Taça da Liga.

“São momentos diferentes. O Nélson [Veríssimo] modificou um pouco as suas dinâmicas, aposta em jogadores diferentes e a competição também é distinta. Vamos trabalhar para lutar pelos três pontos. Tirámos ilações do que aconteceu na Taça da Liga, mas importa mais ser uma equipa com entrega, alma, qualidade a jogar e intensidade. Se isso estiver presente, disputaremos o jogo pelo jogo”, frisou o técnico, em conferência de imprensa.

Entre uma série de seis empates e uma derrota no campeonato, as ‘panteras’ disputaram em janeiro, frente ao Benfica, uma inédita meia-final da terceira competição nacional mais importante, tendo perdido por 2-3 no desempate por grandes penalidades, após o empate 1-1 nos 90 minutos.

“Sabemos o que podemos aproveitar do Benfica e do que observámos neste período em que o Nélson Veríssimo está no comando. Já passou por ‘4-3-3’ e ‘4-4-2’, agora tem o Gonçalo Ramos muitas vezes a recuar para terceiro médio com bola e sem bola. Ainda assim, o nosso foco também está no que podemos e estamos a fazer. Não temos tido a felicidade de conquistar mais pontos e acho que poderíamos ter muitos mais”, lamentou.

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Petit, que jogou no Benfica, como médio, entre 2002 e 2008, espera um opositor “forte e confiante” pelos dois triunfos seguidos na Primeira Liga e nada abalado pela agitação desde a saída de Jorge Jesus, mas ambiciona “a pontinha de sorte que tem faltado” ao Boavista.

“Toda a gente sabe da minha história no Boavista e no Benfica. São dois clubes que me disseram muito, mas cresci aqui e estou no clube que gosto desde pequenino. Claro que os jogadores estão sempre motivados nestes jogos, dada a maior visibilidade, mas essa motivação tem de estar presente todos os dias. Desta vez, pode haver mais público pelo jogo que é, mas nunca fugimos ao que é uma semana normal de preparação”, contou.

Como tantas vezes esta época, os ‘axadrezados’ têm de lidar com algumas ‘baixas’ na defesa, devido aos castigos do equatoriano Jackson Porozo, expulso no empate com o Portimonense (1-1), e do uruguaio Rodrigo Abascal, que viu o quinto cartão amarelo.

Pedro Malheiro e Miguel Reisinho continuam lesionados, ao passo que Luís Santos e o venezuelano Jeriel De Santis regressam às opções de Petit, após suspensão. Já o francês Yanis Hamache, recuperado de uma entorse no tornozelo esquerdo, “está pronto para jogar”.

“Ao longo das semanas, temos estado limitados sempre por expulsões, acumulação de amarelos ou lesões, mas, enquanto equipa técnica, temos de encontrar soluções para apresentar sempre um ‘onze’ forte. Gostaria de ter sempre todo o plantel disponível, pois seria melhor para a competitividade entre posições, mas tivemos de arranjar soluções, trabalhá-los durante a semana e prepará-los bem para a estratégia do jogo”, concluiu.

O Boavista, 12.º colocado, com 21 pontos, recebe o Benfica, terceiro, com 50, 10 abaixo do líder isolado FC Porto, na sexta-feira, às 20h15, no Estádio do Bessa, no Porto, na abertura da 23.ª ronda da Primeira Liga, com arbitragem de Rui Costa, da Associação de Futebol do Porto.