O navio Felicity Ace que se incendiou na quarta-feira ao largo do Faial, nos Açores, continua a arder e à deriva, mas sem causar qualquer foco de poluição, segundo o porta-voz da Marinha e da Autoridade Marítima Nacional.

“De acordo com as últimas informações, o navio ainda está a arder e à deriva ao largo do Faial, mas não foram registados focos de poluição e nem temos indicação de risco de afundamento”, disse à Lusa o comandante José Sousa Luís.

De acordo com o comandante, o navio, que transportava veículos, está a ser acompanhado pelo NRP Setúbal, que está a monitorizar a situação.

O comandante José Sousa Luís disse que os 22 tripulantes do navio mercante foram resgatados sem precisarem de assistência médica e que ainda está a ser estudado o reboque da embarcação.

A Marinha Portuguesa explicou quarta-feira que os 22 tripulantes do navio, “que navegava a 90 milhas náuticas [cerca de 170 km] a sudoeste da ilha do Faial, e sofreu um incêndio a bordo, foram resgatados e transportados para o aeroporto da Horta por uma aeronave EH-101 da Força Aérea Portuguesa”.

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Marinha resgata tripulantes de navio mercante com incêndio a bordo ao largo dos Açores

Ainda de acordo com a Marinha, os 22 tripulantes “não necessitaram de assistência médica à chegada, tendo sido encaminhados para uma unidade hoteleira local”.

“O armador do navio Felicity Ace está em contacto com o agente logístico no sentido de ser delineado plano de reboque do navio”, segundo a Marinha.

O navio mercante, que transportava automóveis, emitiu quarta-feira de manhã um alerta por ter “fogo ativo no porão de carga”.

Incêndio em navio ao largo dos Açores estável e sem perigo de chegar ao combustível

Segundo a Associated Press (AP), o Felicity Ace, que partiu de Emden, na Alemanha, rumo ao porto de Davisville, no estado norte-americano de Rhode Island, transportava carros do grupo Volkswagen.

O Grupo Volkswagen disse em comunicado à AP que o Felicity Ace transportava veículos construídos na Alemanha para os Estados Unidos, escusando-se a dar informações sobre eventuais consequências que o incidente pode trazer aos clientes ou para a empresa.

O “Felicity Ace”, com bandeira do Panamá, navegava a 90 milhas náuticas (cerca de 170 km) a sudoeste da ilha do Faial, nos Açores, quando foi dado o alerta.