A lista do atual presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), José Manuel Constantino, é a única apresentada às eleições daquele organismo, marcadas para 10 de março, após o prazo que terminou esta sexta-feira.

Constantino, de 71 anos, foi eleito pela primeira vez em 2013 e depois reeleito em 2017, aqui já sem oposição, preparando-se para um terceiro mandato à frente do movimento olímpico português.

“O prazo para apresentação de candidaturas terminou esta sexta-feira [hoje], às 18 horas, tendo a Comissão Eleitoral composta por Vasco Lynce, Maria de Fátima Abrantes Mendes e Mariz Fernandes recebido do mandatário da lista, João Paulo Bessa, a documentação necessária à formalização da candidatura”, explica hoje o COP em comunicado.

A lista, de resto, foi subscrita por 30 federações olímpicas, de 33 possíveis, exceções feitas ao taekwondo, ao boxe e ao basebol, por terem perdido o estatuto de utilidade pública.

Voltam a candidatar-se como “vices” Artur Lopes e Vicente Araújo, num elenco que conta ainda com João Paulo Villas-Boas, Sameiro Araújo e Ulisses Pereira, em detrimento dos atuais elementos da comissão executiva Rosa Mota, António Aleixo e Hermínio Loureiro, este último com mandato suspenso.

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Respeitando os 30% de elementos femininos definidos pelo Comité Olímpico Internacional (COI), o recandidato conta ainda com três antigos atletas olímpicos como vogais, casos de João Rodrigues (vela), Beatriz Gomes (canoagem) e Teresa Gaspar (judo), enquanto Marçal Grilo volta a encabeçar a lista para o Conselho de Ética e Leandro Silva a do Conselho Fiscal.

O manifesto eleitoral assume o “desafio permanente” de “valorizar socialmente o desporto” e “consolidar as políticas públicas e associativas para o desporto em patamares de maior relevo na agenda política e social”, para que seja um “único de coesão social e desenvolvimento humano”.

“Terá apenas a duração de três anos, vem na sequência da crise pandémica e, simultaneamente, a seguir à melhor prestação desportiva jamais alcançada por Portugal em contexto olímpico. Importa olhar para esta situação com realismo. A excelência dos resultados alcançados foi devida à qualidade dos atletas, dos treinadores, ao trabalho dos clubes e ao enquadramento federativo. O nosso mérito foi apenas o de potenciar a capacidade instalada. De unir e não dividir”, lê-se no manifesto.

O reforço na aposta em carreiras duais e na transição dos atletas olímpicos é outro dos objetivos apontados no manifesto, que preconiza ainda a construção da Casa do Olimpismo, como acervo da memória olímpica nacional, e disponibilização do arquivo histórico do COP.

José Manuel Constantino foi eleito pela primeira vez presidente do COP, em 26 de março de 2013, sucedendo a Vicente Moura, conquistando 92 votos face aos 67 do rival Marques da Silva, e reeleito em 23 de fevereiro de 2017, com 144, num ato em que era o único candidato.

As eleições para o COP estão marcadas para 10 de março, tendo as candidaturas de ser formalizadas até 18 de fevereiro.