No final de janeiro, os centros de emprego contabilizavam 355.868 desempregados, um aumento de 2,3% face a dezembro, mas uma redução de 16,1% em relação ao mesmo mês de 2021.

Face a dezembro, o aumento foi de quase 8 mil desemprego (especificamente 7.909). O mês de janeiro costuma ser marcado pela subida do desemprego mas, em comunicado, o ministério do Trabalho diz que se trata do “menor aumento no mês de janeiro desde 2007”. Já quando a comparação é feita com janeiro de 2021, a diferença no desemprego é de menos 68 mil pessoas desempregadas, segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP).

O desemprego jovem (pessoas com menos 25 anos), por sua vez, subiu 4,6% em cadeia (mais 1.661 pessoas), mas mostrou uma recuperação face a janeiro do ano passado — menos 24,9% (menos 12.513 jovens).

A diminuição do desemprego registado fez-se, essencialmente, e em termos homólogos, com os grupos de pessoas inscritas há menos de um ano (menos 81.656), os indivíduos que procuram novo emprego (menos 66.914) e os que possuem idade igual ou superior a 25 anos (uma redução de 55.978).

Já a nível regional, o desemprego desceu mais, também em termos homólogos, na região autónoma da Madeira (menos 28,9%) e no Algarve (menos 23,7%), uma das regiões mais afetadas pelo desemprego durante a pandemia. E em relação ao mês anterior, “à exceção da região autónoma da Madeira, as restantes regiões apresentam acréscimos no desemprego”, indica o IEFP.

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Também em termos homólogos, as descidas foram maiores nas categorias “indústria do couro e dos produtos do couro” (-32,9%); “alojamento, restauração e similares” (-28,3%); “indústria do vestuário (-23,9%); e “indústrias alimentares das bebidas e do tabaco” (-22,0%).

Mas em relação ao mês anterior, o aumento percentual mais significativo deu-se nas categorias “eletricidade, gás e água, saneamento, resíduos e despoluição” (mais 6%) “atividades financeiras e de seguros” (5,2%) e “comércio por grosso e a retalho” (4,2%).

Casais no desemprego caem 16,1% em janeiro em termos homólogos e sobem 3,1% em cadeia

O número de casais com ambos os elementos no desemprego caiu 16,1% em janeiro face ao mês homólogo, mas aumentou 3,1% comparando com dezembro, para 5.626.

“Do total de desempregados casados ou em união de facto, 11.252 (8,2%) têm também registo de que o seu cônjuge está igualmente inscrito como desempregado no serviço de emprego”, pode ler-se na informação estatística.

Verifica-se assim uma diminuição de 16,1% face a janeiro de 2021 e a uma subida de 3,1% em cadeia no número de casais em que ambos estão desempregados, para 5.626 casais.

Este é o segundo mês consecutivo em que se regista um aumento em cadeia no número de casais desempregados, após oito meses de queda.

Os casais nesta situação de duplo desemprego têm direito a uma majoração de 10% do valor da prestação de subsídio de desemprego, quando tenham dependentes a cargo.

Ainda de acordo com o IEFP, no final de janeiro, estavam registados nos serviços de emprego do continente 334.984 desempregados, dos quais 40,9% eram casados ou viviam em situação de união de facto, perfazendo um total de 136.948.

O desemprego registado no continente diminuiu 15,6% face ao período homólogo e aumentou 2,4% em relação ao mês anterior.

Relativamente aos desempregados casados ou em situação de união de facto, a diminuição face a janeiro de 2021 atingiu 14,7% (-23 650 desempregados) e face a dezembro de 2021 foi registado um aumento de 1,2% (+1.594).

O IEFP começou a divulgar informação estatística sobre os casais desempregados em novembro de 2010, altura em que havia registo de 2.862 destas situações.