Na sequência da profunda crise interna no Partido Popular, Teodoro García Egea, secretário-geral do partido, apresentou esta terça-feira a sua demissão. “Esta tarde, tomei uma das decisões mais difíceis da minha vida política: abandonar o cargo”, anunciou.
O agora ex-secretário geral do PP disse, citado pelo jornal El Mundo, que conversou com Casado. “Decidimos que é o melhor”, assegurando que esta foi uma “decisão pessoal”.
Pablo Casado prepara-se para sair da liderança do PP nas próximas horas
“Ser secretário-geral de um partido político é ser o mau da fita, o mais difícil que existe.”
A saída de García Egea tem sido exigida nos últimos dias por vários generais do PP. Alberto Núñes Feijóo, presidente da Junta da Galiza, disse, aliás, que Casado deveria deixar cair o secretário-geral do partido, considerando-o |”tóxico”.
Conhecido com o “braço direito” de Pablo Casado, Egea foi um dos principais rostos da crise que estalou na passada quinta-feira, a propósito do caso que envolveu a presidente do governo da Comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso. Em causa estão suspeitas de interferência na adjudicação por ajuste direto de um contrato de compra de máscaras a uma empresa detida por um amigo de infância. O irmão de Ayuso terá sido intermediário e terá recebido uma comissão de cerca de 55 mil euros.
García Egea disse ainda durante a noite desta terça-feira que a sua saída é também motivada para que seja facilitada a marcação de um congresso.
Nas últimas horas, além do pedido de substituição de Egea, a liderança de Pablo Casado foi também colocada em causa, multiplicando-se os pedidos para a realização de um congresso extraordinário para eleger uma nova direção.
Na sequência das demissões que têm acontecido nos últimos dias, tudo indica que Pablo Casado estará a preparar também a sua saída da liderança do partido. Entre as demissões encontra-se o porta-voz nacional e a presidente da Comissão Eleitoral.