785kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Bruno tem sempre as chaves do carro no bolso mas desta vez o motor gripou à chegada (ou como o Wolves perdeu com o Arsenal)

Este artigo tem mais de 2 anos

Wolves esteve a vencer o Arsenal durante quase todo o jogo mas deitou tudo a perder já dentro dos últimos 10 minutos, permitindo reviravolta que deixou a equipa de Lage a 5 pontos dos londrinos (2-1).

Arsenal v Wolverhampton Wanderers - Premier League - Emirates Stadium
i

Pépé, que saltou do banco na segunda parte, marcou o golo do empate já nos últimos 10 minutos

PA Images via Getty Images

Pépé, que saltou do banco na segunda parte, marcou o golo do empate já nos últimos 10 minutos

PA Images via Getty Images

A vida não está a correr nada mal a Bruno Lage em Inglaterra: o Wolverhampton levava cinco vitórias nas últimas seis jornadas da Premier League, incluindo contra Manchester United, Tottenham e Leicester, e estava a seis pontos da zona de apuramento para a Liga dos Campeões com menos dois jogos do que os principais rivais na classificação. Ainda assim, e até pelas dores da experiência, o treinador português sabe que tudo pode mudar de um momento para o outro.

“Digo-vos o porquê: porque posso ser despedido amanhã. Quantos treinadores chegaram, fizeram quatro ou cinco jogos na Premier League e depois foram despedidos? Tens contrato mas podes ser despedido. É a nossa vida. Mesmo quando sonhamos com coisas que queremos na vida, é preciso dar passos seguros”, explicou Lage, oferecendo depois o próprio exemplo, no Benfica. “Fui treinador do ano, treinador dos meses de janeiro, fevereiro, março e abril, mas depois perdi um par de jogos e fui despedido. É por isso que tenho as chaves do carro no bolso, para poder pôr as malas na bagageira e seguir”, disse o técnico.

Ora, mas Bruno Lage não está a vencer apenas além-fronteiras. Esta semana, o treinador foi o laureado com o prémio “Talento que Marca o Mundo”, uma distinção que destaca jogadores ou técnicos portugueses que têm tido sucesso no estrangeiro e que é obtida a partir de uma votação feita por vários membros e embaixadores da Liga Portugal. E era neste contexto, entre a manutenção da calma e da humildade e a ideia clara de que estava a obter resultados, que Bruno Lage via o Wolverhampton deslocar-se esta quinta-feira ao terreno do Arsenal para disputar um dos dois jogos que tinha em atraso.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Contra os gunners, com quem perdeu no Molineux já neste mês de fevereiro graças a um golo solitário de Gabriel Magalhães, o Wolves apresentava-se com José Sá, Nélson Semedo, João Moutinho, Rúben Neves e Daniel Podence no onze inicial, sendo que a grande surpresa era mesmo Hwang Hee-chan, que aparecia enquanto titular e atirava Dendoncker para o banco de suplentes. Do outro lado, Cédric era a opção para a direita da defesa, com Lacazette a ser apoiado no ataque por Odegaard, Saka e Gabriel Martinelli. O confronto entre as duas equipas, contudo, era bem mais do que um simples jogo em atraso: era uma luta acérrima entre dois conjuntos separados por um ponto e na luta clara pela Europa.

O Wolves colocou-se em vantagem à passagem dos primeiros 10 minutos, por intermédio de Hwang Hee-chan e na sequência de um erro colossal da defesa do Arsenal: Gabriel Magalhães foi pressionado por Raúl Jiménez na direita, tentou atrasar para Ramsdale mas o sul-coreano antecipou-se atirando cruzado para a baliza totalmente deserta (10′). A equipa de Bruno Lage poderia ter aumentado desde logo a vantagem, com Jiménez a atirar ao lado na cara do guarda-redes (13′), mas as melhores oportunidades da primeira parte para lá do golo acabaram por pertencer ao Arsenal, que ficou perto de empatar por Lacazette (15′, 29′ e 33′) e Martinelli (43′).

Na segunda parte, Hwang Hee-chan voltou a ter uma boa oportunidade para marcar, permitindo a defesa de Ramsdale quanto já só tinha o guarda-redes pela frente (47′), e Bruno Lage acabou por ter de realizar uma substituição forçada quando Nélson Semedo se lesionou de forma aparentemente grave, permitindo a entrada de Jonny Otto. Mikel Arteta respondeu ao trocar Martinelli por Pépé, já a 20 minutos do fim, e o Wolves ia conseguindo afastar o Arsenal da baliza de José Sá, mantendo-se confortável sem bola e apostando nas saídas rápidas para ainda procurar ferir novamente os gunners.

José Sá parou mais um remate de Lacazette (71′), Lage deu mais uns minutos a Pedro Neto e Cédric ainda saiu para deixar entrar Nketiah, num all in final de Arteta. O golo do empate apareceu já dentro dos últimos 10 minutos, com Pépé a marcar à meia volta depois de uma arrancada de Nketiah (82′), e o Wolves acabou por não conseguir resistir à investida adversária, sofrendo o segundo golo já nos descontos por intermédio de Lacazette (90+5′).

O Wolverhampton perdeu com o Arsenal no Emirates, deixando fugir até a vitória já nos últimos minutos, e mantém-se no 7.º lugar da Premier League e a seis pontos do Manchester United e da zona Champions ainda com um jogo em atraso. Bruno Lage tem sempre as chaves do carro no bolso mas, desta vez, o motor gripou mesmo à chegada — e viu o Wolves perder uma das duas balas que ainda tinha para chegar aos quarto primeiros da liga inglesa.

Assine o Observador a partir de 0,18€/ dia

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Vivemos tempos interessantes e importantes

Se 1% dos nossos leitores assinasse o Observador, conseguiríamos aumentar ainda mais o nosso investimento no escrutínio dos poderes públicos e na capacidade de explicarmos todas as crises – as nacionais e as internacionais. Hoje como nunca é essencial apoiar o jornalismo independente para estar bem informado. Torne-se assinante a partir de 0,18€/ dia.

Ver planos