O Presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, assinou esta quinta-feira um decreto que declara o estado de emergência naquele país do Báltico, em resposta ao ataque militar da Rússia à Ucrânia.

O parlamento do país deverá aprovar a medida numa sessão extraordinária esta quinta-feira, de acordo com a agência norte-americana Associated Press (AP).

A medida, com validade até ao dia 10 de março, permite um uso mais flexível dos fundos de reserva do país e maior proteção na fronteira, dando aos guardas fronteiriços mais autoridade para realizar buscas a veículos e revistas a indivíduos.

A Lituânia, membro da NATO e da União Europeia, faz fronteira com o semi-enclave russo de Kaliningrado a sudoeste, com a Bielorrússia a leste, com a Letónia a norte e com a Polónia a sul.

As autoridades da Moldávia também anunciaram esta quinta-feira que pediram ao Parlamento a introdução do estado de emergência no país, após a invasão da vizinha Ucrânia pela Rússia. O país encerrou, entretanto, o seu espaço aéreo.

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A Rússia lançou esta quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um “pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk”, no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a “desmilitarização e desnazificação” do país vizinho.

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O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.