O líder do Chega, André Ventura, esteve suspenso do Twitter e chegou a receber um email da rede social no qual se referia que a sua conta estava “suspensa e não ia ser restaurada”. Na quinta-feira, sem aviso, o político e os seus 61 mil seguidores viram o perfil a ficar novamente online. Tratou-se tudo de um “erro”, disse esta sexta-feira a empresa ao Observador.

Segundo a tecnológica norte-americana, a conta de André Ventura foi “suspensa por erro”. “O cumprimento [enforcement, na declaração enviada em inglês] foi revertida e a conta foi restabelecida”, adiantou a rede social. Sobre o motivo que levou a que este “erro” acontecesse, ou por que é que outro deputado do Chega, Pedro Frazão, continua suspenso, a plataforma não adiantou mais informações.

Na quarta-feira, André Ventura tinha referido ao Observador que acreditava que a sua conta tinha sido suspensa devido a uma publicação, que pode ser vista em baixo ou aqui, na qual criticava a “imigração islâmica descontrolada”. Porém, a partilha voltou a estar ativa.

Na mensagem do serviço de apoio técnico do Twitter enviada a André Ventura nesse dia, à qual o Observador teve acesso, é possível ler-se que é “contra as regras promover violência, atacar ou ameaçar pessoas com base em raça, etnia, nacionalidade, casta, orientação sexual, género, identidade de género, religião, idade, deficiência ou doença grave”. Esta é a conduta seguida pela rede social para travar a propagação de ódio que é apresentada no site do Twitter e que deixou, por “erro”, o líder do Chega sem acesso à conta oficial.

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Twitter volta atrás e restabelece conta de André Ventura

Esta sexta-feira — depois de na quinta-feira, André Ventura ter referido que, apesar de a conta estar online, não conseguia fazer publicações –, o deputado do partido nacionalista em Portugal afirmou que a sua conta estava completamente funcional.

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Esta não foi a primeira vez que André Ventura ficou impedido de aceder ou até de publicar no Twitter. Em setembro de 2021 a conta foi bloqueada depois de uma publicação sobre Eduardo Cabrita, na altura ministro da Administração Interna, ter suspendido a execução da pena aplicada ao agente da Polícia de Segurança Pública Manuel Morais por ter chamado, na sua conta de Facebook pessoal, “aberração” ao líder do Chega.

Além das suspensões, André Ventura e os seus seguidores também já viram publicações do político serem apagadas, como aconteceu nua partilha em que referia, sem apresentar dados, que a população cigana representa 15% a 20% dos prisioneiros em Portugal.