A AMI – Assistência Médica Internacional vai enviar uma equipa para a Hungria esta semana, admite ter uma intervenção também na Polónia e afirma que os seus equipamentos em Portugal estão prontos a prestar assistência a refugiados ucranianos.

Em comunicado divulgado esta segunda-feira, a AMI adianta que uma equipa sua “parte esta semana para a Hungria, um dos destinos da população ucraniana que atravessa a fronteira para fugir do conflito que assola o seu país”.

“A intervenção da AMI no terreno passará por uma ação concertada com um parceiro local que já está no terreno a fazer o levantamento de necessidades de forma a poder avançar-se para uma ação de apoio aos refugiados ucranianos que, segundo os últimos dados já alcançaram um total de 65.000 pessoas, maioritariamente mulheres, crianças e idosos”, precisa a organização em comunicado.

A AMI admite ainda que “está ainda em análise, em função do evoluir da situação, a possibilidade de intervenção com organizações locais na Polónia”.

Em Portugal, a AMI diz ter os seus equipamentos e respostas sociais “preparados para prestar o apoio necessário à população ucraniana que chegar ao país, à semelhança do que aconteceu aquando da onda migratória daquela região na década de 2000″.

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“Relembre-se que na altura, chegavam já a Lisboa com a morada do Centro Porta Amiga da AMI para onde se dirigiam diretamente”, refere a organização.

A AMI sublinha ainda que é possível apoiar a sua missão de apoio aos refugiados ucranianos com donativos na conta de emergência para o efeito – IBAN – PT 50 0007 0015 0040 0000 00672 – através do serviço Ser Solidário, no Multibanco, por MBWay, através do número 962777431 ou através do seu site http://ami.org.pt/donativo.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.