A Câmara Municipal de Baião avançou esta segunda-feira a disponibilidade imediata de quatro alojamentos para receber até 26 refugiados ucranianos, adiantando que pode vir a disponibilizar outras instalações, bem como criar um banco de recolha de bens e alimentos.

De acordo com a nota enviada pela autarquia do distrito do Porto, o presidente da Câmara, Paulo Pereira, contactou esta segunda-feira a Secretaria de Estado para a Integração e as Migrações “para disponibilizar alojamentos para cidadãos refugiados da guerra na Ucrânia”.

Em causa estão, para já, dois albergues e dois apartamentos de tipologia T3 e T4, mas o município de Baião admite “a possibilidade de cedência de outras instalações, mediante necessidade, ainda que venham a carecer de pequenas obras de adaptação”.

Estes quatro espaços têm “capacidade para 26 pessoas”, adiantou a Câmara em resposta escrita à Lusa, acrescentando que “está na disponibilidade de proceder à recuperação e adaptação de três antigas escolas primárias desativadas, para que as mesmas possam acolher cidadãos vindos da Ucrânia”.

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O autarca quis manifestar “solidariedade” do município para “com a Ucrânia” e associou-se “a este povo que se encontra num difícil e complexo contexto de guerra”.

Para além destas soluções de alojamento, “a autarquia está preparada para estudar outras soluções de acolhimento e de apoio, nomeadamente a abertura de um banco de recolha de bens e alimentos, conforme as autoridades nacionais considerem conveniente”.

No sábado, a Assembleia Municipal de Baião foi unânime na aprovação de um voto de pesar pela invasão da Ucrânia pela Rússia e observou um minuto de silêncio pelas vítimas do conflito.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.