O índice de volume de negócios no retalho registou uma variação homóloga de 10,4% em janeiro, depois de 7,4% em dezembro, refletindo os efeitos do confinamento em janeiro de 2021, que afetou o comércio não alimentar, segundo o INE.

De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o índice de volume de negócios no comércio a retalho passou de uma variação homóloga de 7,4% em dezembro 2021, para 10,4% em janeiro 2022.

No entanto, ressalvou a autoridade estatística, “em parte, esta aceleração reflete um efeito base, pois janeiro de 2021, particularmente no comércio não alimentar, foi marcado pelo efeito do confinamento geral devido ao agravamento da pandemia Covid-19, tendo então o índice contraído 9,9%”.

A evolução do índice agregado reflete dinâmicas totalmente distintas dos dois agrupamentos, com os produtos alimentares a abrandarem 6,3 pontos percentuais, para uma variação de 0,4%, e os não alimentares a acelerarem 11,8 pontos percentuais, de uma variação de 8% em dezembro, para 19,8% no mês em análise.

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“Estas evoluções foram bastante influenciadas pelo efeito base já mencionado, tendo as taxas de variação homólogas variado 0,9% e -18,1%, pela mesma ordem, em janeiro de 2020”, sublinhou o INE.

A entidade destacou a aceleração de 49,3 pontos percentuais do segmento de têxteis, vestuário, calçado e artigos de couro, para um crescimento de 66,7% em janeiro (-58,1% em janeiro de 2021), ainda assim cerca de 30% abaixo de janeiro de 2020.

Já os índices de emprego, remunerações e horas trabalhadas apresentaram taxas de variação homóloga de 4%, 6,8% e 7,1%, respetivamente, depois de variações de 3,9%, 6,3% e 3,7% em dezembro.