A Câmara Municipal de Matosinhos, no distrito do Porto, está a preparar o Centro de Apoio à Comunidade em Leça da Palmeira, que alojou doentes com Covid-19, para acolher até 24 ucranianos, adiantou esta quarta-feira à Lusa.

Estando a trabalhar para encontrar outros espaços para receber pessoas vindas da Ucrânia, a autarquia tem disponível na sua página oficial formulários sob o nome “Missão Ucrânia 22 — Alojamento” para que as pessoas que estejam interessadas em disponibilizar os seus alojamentos o manifestem.

Além do alojamento, o município tem ainda formulários para empresários e empresas que estejam interessadas em contratar estes cidadãos e para pessoas que conheçam outras que estejam nos países de fronteira e transportem ucranianos de lá para Portugal por forma a organizar a sua receção.

A câmara ressalvou que não irá recolher diretamente bens, nomeadamente roupas e produtos de higiene, mas assegurará o seu armazenamento na central de logística que funcionou durante a primeira fase da pandemia de Covid-19.

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“Antes de proceder à entrega de bens, os cidadãos devem confirmar se existe referenciação por partes das instituições para não bloquear a capacidade de recolha”, adiantou.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 100 mil deslocados e pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

Número de refugiados ucranianos sobe para 836 mil

O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a “operação militar especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.