A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, defendeu que a atual situação na Ucrânia exige respostas coletivas para a implementação de medidas para garantir abastecimento alimentar adequado.

“A atual situação exige, uma vez mais, respostas coletivas para a implementação de medidas que nos permitam assegurar o nosso potencial de produção e, com isso, garantir um abastecimento alimentar adequado aos nossos concidadãos e a viabilidade aos operadores, desde a produção, até à comercialização”, disse Maria do Céu Antunes, na sua intervenção na reunião extraordinária de ministros da Agricultura da União Europeia, citada em comunicado.

A governante recordou que a Política Agrícola Comum (PAC) foi o primeiro projeto comum aos Estados-membros, com o objetivo de garantir o abastecimento e a segurança alimentar na Europa.

“Também importante é o papel do mercado único, com medidas excecionais sempre que se justifique, de modo a manter ou aumentar a produção agrícola na UE e, assim, contribuir para a soberania alimentar“, vincou.

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Os ministros da Agricultura da União Europeia reuniram-se esta quarta-feira por videoconferência para discutir as consequências no setor agroalimentar da ação militar da Rússia sobre a Ucrânia.

Os ministros salientaram que dado o atual contexto são necessárias condições que “garantam a segurança do abastecimento alimentar e façam face ao aumento de preços”.

Portugal tem uma elevada dependência do mercado externo no abastecimento de matérias-primas, particularmente no que toca aos cereais para a alimentação animal, com destaque para o milho.

O Governo assegura, no comunicado, que o Ministério da Agricultura e o Ministério da Economia “têm acompanhado de perto a situação da cadeia de abastecimento alimentar, sendo que os operadores portugueses estão a trabalhar com as suas redes internacionais para avaliar possíveis origens alternativas, particularmente para o milho”.