O executivo da Câmara do Porto vota segunda-feira a realização da campanha “SOMOS TODOS UCRÂNIA” que, além da criação de um “site” para apoiar e centralizar respostas humanitárias, visa também recolher bens no âmbito da Frente Atlântica.

Na proposta, a que a Lusa teve acesso esta quarta-feira, a vereadora com o pelouro dos Recursos Humanos e Serviços Jurídicos, Catarina Araújo, salienta que os municípios do Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos entendem que, face a gravidade da atual situação humanitária, “devem articular e unir todos os esforços para apoiar, dinamizar e dar condições logísticas para a materialização do socorro e entrega dos bens recolhidos para assistência“.

Nesse sentido, o município do Porto pretende, no âmbito da parceria Frente Atlântica, lançar uma campanha intitulada “SOMOS TODOS UCRÂNIA” que visa, por exemplo, criar um “site” com uma linha de apoio para “centralizar” as doações de bens, medicamentos e equipamentos, e para “agregar” as ofertas de emprego destinadas a cidadãos ucranianos que venham a ser acolhidos.

Paralelamente, a campanha prevê a recolha de bens em articulação com as juntas e uniões de freguesias, bem como com os municípios de Gaia e Matosinhos.

A maioria liderada pelo independente Rui Moreira vai ainda propor que o executivo autorize a “cedência precária” de um armazém para auxiliar a gestão do município na recolha, conservação e expedição dos bens recolhidos, sendo que o local está ainda por definir.

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No âmbito da campanha “SOMOS TODOS UCRÂNIA”, o município do Porto propõe colaborar na disponibilização do transporte dos bens para locais de destino situados na Polónia com a empresa Rangel Logistics Solutions.

Disponibilizar nos jardins-de-infância e escolas do primeiro ciclo soluções para integrar as crianças e jovens refugiados, e realizar um concerto solidário para angariar fundos, a serem entregues à Congregação do Santíssimo Redentor “C.Ss.R. — Seminário Redentorista de Cristo Rei, são também objetivos da campanha que será votada e discutida pelo executivo na segunda-feira.

Do mesmo modo, a campanha prevê que o município do Porto estabelece parcerias com a Ordem dos Psicólogos Portugueses, bem como com o Conselho Regional do Porto — Ordem dos Advogados para que sejam disponibilizados serviços de apoio e consulta jurídica.

Por fim, a maioria municipal propõe que a autarquia disponibilize, junto do ministério da Administração Interna, os meios municipais de Proteção Civil, bem como a “sua experiência em apoio humanitário em cenários de catástrofe e de guerra para fazer parte de eventuais respostas integradas na área psicossocial, logística e de transporte”.